segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Insegurança

Não sei, às vezes tudo é tão estranho. Medo. Insegurança. Por um momento, desconfiança. Dor. As coisas mudam numa freqüência tão grande; talvez a explicação para tudo seja só e simplesmente a insegurança. Mas é difícil encontrar uma razão para tanto, quando tudo é tão mútuo. Eu não quero ter que ver acontecer, fazer acontecer o que mais temo, por erros meus, por desconfianças momentâneas, por medos exagerados. Não quero me deixar cegar pelo desespero da falta. 
Que meu coração não pertence mais a mim é fato, ele já não bate sozinho, está sintonizado, e por isso teme em ficar só. Mas é tão injusto sentir meu coração doer por algo que, é incerto. É irreal. Perder tudo por insegurança? Não! Eu quero parar, quero não pensar, mas isso às vezes é como uma droga que me consome de maneira que nada do que eu tente fazer mude alguma coisa. É uma droga. Eu quero parar. Eu quero não pensar. Eu quero controlar. Mas como? Eu não posso, é tão fora de controle. É como se percorresse cada ligação nervosa do meu corpo, e de repente, nada mais faz sentido, tudo parece perdido na escuridão da minha insistência em deixar cegar a mim mesma. Quero poder fechar os olhos e não pensar no fim, no erro, no engano, na mentira. Irrealidade. Essa droga, insegurança, talvez me consuma por ter uma ainda mais forte tomando conta da minha sanidade, do meu controle, essa percorre as minhas veias, mantém meus batimentos, perturba os meus pensamentos, descontrola a minha respiração. Mantém a minha sobrevivência. Isso é insensato. Isso é real. Amar é loucura. Amor é insensatez. A vida é realmente insensata e basta!

sábado, 21 de agosto de 2010

Ilusão

Se tudo der certo, eu e você vamos nos encontrar, passar horas e horas juntos, sem parar para pensar no tempo, sem nos preocupar com nada, nem ninguém, será apenas eu e você [...]

Essas palavras não saiam da minha cabeça desde que ele as disse para mim aquele dia; tudo parecia tão estranho desde então; o sol já não brilhava tanto quanto antes, as flores não exalavam o perfume inebriante como outras vezes, as músicas não eram tão lindas como já foram, os filmes já não faziam tanto sentido, e o amor... Estava prestes a se tornar indiferente aos meus olhos e principalmente ao meu coração. Me lembrar que acreditei em cada palavra que me dissera... Mas me enganou, mentiu, e não tenho o menos pudor ao fazer isso, como pude ser tão tola? Eu que sempre tive meus pés no chão, me deixei levar por promessas que nunca tiveram a intenção de deixarem de ser apenas palavras.
Por um instante senti vontade de ligar para alguém do Brasil, mas o telefone estava bloqueado, acreditei então que assim era melhor, talvez eu ainda não estivesse pronta para mentir que estava bem, ainda não, não agora, não hoje. Eu sentia frio, mas não um frio que bastava em me enfiar debaixo das cobertas que passaria, mas era um frio aqui dentro de mim, meu coração parecia estar congelando, talvez isso fosse bom; sentia medo, não de ficar só, nem mesmo de não saber viver sem ele, eu teria que aprender afinal, mas de pensar em como ele poderia estar muito bem, feliz, longe de mim, saber que pra ele, eu não fui nem mesmo a metade do que ele foi, e de maneira repugnante, ainda é para mim, isso fez abrir mais fundo ainda a minha ferida, que insistia em não se curar.
E as nossas cicatrizes têm o poder de nos recordar que o passado foi real, recordar... Quando tudo que eu mais precisava era simplesmente esquecer, eu desisti dos meus sonhos e princípios por causa dele, e em troca disso, ele me tirou o que de mais precioso eu tinha, a alegria, a alegria de estar viva.



Obs.: Texto totalmente fictício apenas para as pautas do "OUAT", "In Verbis" e "Bloínquês".
Boom meus queridos leitores, peço-lhes desculpas pelo relaxamento que estou tendo com o blog, eu prometo que vou tentar postar mais u_u E, aos que acompanhavam o "Discretamente Perigoso", peço-lhes mais desculpas, mas no momento, eu não irei continuá-lo porque a minha criatividade não está ajudando muito, então, assim que for possível eu irei postar os próximos capítulos, espero a compreensão de vocês, e as minhas sinceras desculpas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Selos *----*

Ganhei quatro selos, o da MARY do blog Poetry Prevails, o do Ítalo do blog Manuscrito, o da Gabriela do blog Cravo e Canela e o da Amanda do Keep Breathing.

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Os três com basicamente as mesmas regras: e : Falar 9 coisas sobre mim. E o falar 10 coisas, então falarei 10 coisas sobre mim.

1. Eu sou uma pessoa extremamente preocupada com as pessoas que eu amo, logo isso me torna muito chata, mas eu não consigo mudar isso, por mais que eu já tenha tentado.
2. Eu sou muito calma, muito mesmo (acho que até demais), mas também, quando conseguem me tirar do sério, sai de perto (ui).
3. A minha vida "toda" eu quis fazer medicina, estava decidida, até esse ano, que eu realmente deveria estar, mas eu simplesmente mudei de opinião e resolvi que não queria mais fazer medicina (medo). Vou fazer publicidade agora u_u.
4. Eu tenho uma incrível dificuldade em lidar com o meu pai. Por quê? Eu não sei. Eu acho.
5. Sou alguém que prefere não pensar no futuro, e vive o presente intensamente para não se arrepender depois, e leva do passado apenas coisas boas, deixa pra trás todas as coisas ruins, acreditando que assim, a vida se torne um lugar melhor para se habitar.
6. Eu sou ciumenta e extremamente possessiva, embora, eu tente controlar minha possessão, já que isso pode causar muitos problemas, estou indo bem no controle dessas emoções.
7. Eu sou um tantinho quanto orgulhosa, às vezes meu orgulho não me deixa perceber o erro que estou cometendo.
8. Eu tenho imaginação fértil, e quando me junto com alguns amigos, nunca sai nada que preste, se dão corda, a minha imaginação cria asas e voa longe.
9. Eu tenho vontade de espancar quando vejo um ser jogando lixo na rua, queimando algo, enfim... Tenho raiva de pessoas que não tem a miníma noção da situação que se encontra o mundo.
10. E por fim, eu sou uma pessoa que se sensibiliza muito fácil com toda a desigualdade que envolve o mundo, principalmente quando a mesma refere-se à crianças. E se pudesse mudaria tudo isso.

, , e : Indicar blogs para receber o selo:

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um anjo chamado Pai

Entrei no carro, dei a partida e comecei a ir longe desse lugar que tantos anos  eu vivi, que tantas histórias eu passei, e agora vejo tudo ficar pra trás, e nos meus pensamentos voltam à tona todos os acontecimentos ali vividos; e um em especial fez os meus olhos se encherem de lágrimas.

- Eu não permito que você vá embora dessa cara, eu sou teu pai e a sua obrigação é me obedecer. – disse meu pai gritando.
- Pai to deixando de ser um menino, eu estou crescendo, você tem que entender e aceitar isso! Você é e sempre será meu pai, mas está na minha hora de correr atrás dos meus próprios ideais. – eu disse calmamente a ele.
- Eu não posso entender isso filho, não posso! – ele disse relutante.
- Pai! – me aproximei dele – eu amo você! E se eu pudesse realmente escolher entre ir e ficar, eu escolheria ficar aqui, ao teu lado, até o fim dos meus dias; no aconchego do teu abraço, na segurança da tua presença; mas não posso mais, eu preciso seguir sozinho, eu preciso aprender a levantar sozinho. Mas você pai... Você vai sempre estar comigo, no meu coração, nas minhas lembranças... Mas agora, eu preciso ir. – ao terminar meus olhos já estavam cheios de lágrimas, assim como os dele.
- Filho... – e senti seu abraço me apertando – eu te amo!
- Eu também amo você pai! – eu disse, sentindo minhas lágrimas rolarem pelo meu rosto.
- Meu filho! – disse ao se afastar lentamente – Vai! Segue tua vida, seja feliz e se nada der certo, volta! Volta e eu estarei aqui de braços abertos para te acolher. – e deu um tapinha de leve em meu rosto.
- Eu sei pai, eu sei! E é isso que me dá forças de enfrentar o que vier. – eu sorri.
- Vai com Deus meu filho! – sorriu-me de volta.
- Fique com Ele meu pai! – e lhe dei um último abraço.

Ao me lembrar desse pequeno e intenso instante, foi inevitável segurar as lágrimas, que insistiram em rolar pelo meu rosto, meu velho pai havia ficado lá no aguardo da minha volta e ao mesmo tempo na esperança de que eu fosse feliz:
- É... Despedidas são difíceis. – disse a mim mesmo, e suspirei, secando minhas lágrimas.
Continuei minha viagem rumo ao futuro incerto que me esperava, mas com uma certeza: tem muitos anjos disfarçados de pessoas na terra e eu descobri que meu pai era um deles. E ao pensar nisso, não pude evitar de sorrir ao me lembrar daquele que sempre fez tudo por mim.