quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Vai entender as mães

Um dia eu chutei a barriga da minha mãe e ela chorou de emoção. Fiz ela engordar uns 20 kilos e ela só tinha palavras boas pra mim. Fiz ela quase morrer de dor e ela deu um grito de alegria quando me viu pela primeira vez. Eu roubei o tempo dela, roubei o marido dela e a paixão só aumentou. Mãe, definitivamente você não bate bem e é por isso que eu te amo loucamente.



(não é de minha autoria)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Beautiful Lie

Quando você é enganada por duas vezes, quem é errado? Quem te enganou ou você? Eu não sei. Por que as decepções vêm do lado que menos está protegido por não esperar que isso aconteça? Bem do lado que está sem escudo, do lado que está totalmente aberto, totalmente entregue... Não, eu não falo de amor, eu falo de amizade.
Por que te fazem confiar, fazem acreditar, fazem se entregar, dão segurança, te fazem ser o que realmente é, pra depois simplesmente acabar com tudo sem nenhuma explicação lógica? E tentam justificar com mentiras e mais mentiras, belas mentiras, belas palavras... Que podem realmente enganar, que já enganaram, mas não mais... Foram dois erros, dois tombos, tombos muito, muito altos e dolorosos... Mas agora acabou, os mesmos erros não serão mais cometidos.
Decepção dilacera o peito, mas te ensina a abrir os olhos e não voltar a cometer o mesmo erro.
Eu confiei em você, eu te mostrei quem eu era, o que eu sentia, sem máscaras... Eu só queria o mesmo em troca, mas você não foi capaz de dar, você não foi capaz de ser você mesmo... Você usou máscaras o tempo todo, e agora, tudo que me disse, já não faz mais sentido algum, usou dos artifícios mais grotescos, mas se perdeu nas próprias mentiras, traiu a si mesmo e nem percebeu... Contradisse-se o tempo todo, e no final das contas, se entregou da maneira mais ridícula.
Usou da tua auto-piedade pra se fazer de vítima, pra tentar fazer com que continuassem acreditando nas tuas mentiras, mas comigo, não vai mais dar certo... Comigo acabou, aquela confiança que você conquistou tão rápido, foi embora com essa mesma rapidez.
Como você conseguiu ser tão hipócrita a ponto de me dizer que acreditava na nossa amizade quando tudo não passava de mentiras atrás de mentiras? Você não vê? Você é tão cego, o pior dos cegos, é aquele que pode, mas não quer ver... E sabe porquê? Porque por mentir o tempo todo, acreditou nas tuas próprias mentiras, e agora, defende teus falsos princípios.
Que belo amigo você se saiu, mas, não fique triste... Você atuou bem por um bom tempo, você conseguiu fazer crer em suas mentiras, afinal de contas, você conseguiu me fazer te chamar de melhor amigo, parabéns, o teu feito não foi tão mal assim... Só não vai terminar da maneira que você queria, só não vai ter continuação... A tua história, o teu conto de fadas acabou sem o “felizes para sempre”, você tentou ser o bonzinho o tempo todo, mas no final das contas, foi só mais um vilão... Dos mais mentirosos, e são esses que sempre quebram a cara no final... E já que esse é o final pra mim, é agora a hora que você quebra a cara. Hipócrita!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Flash Back

Incrível como depois de tantos anos algumas coisas continuam as mesmas; todos dizem que com o passar do tempo, tudo muda, e de fato, isso é o que acontece com a maioria das coisas e pessoas; mas então chega um dia em que você percebe que aquela minoria, aquela pequena coisa, simplesmente não mudou... Continua como sempre esteve.
Esse dia então chegou para mim, e essa pequena coisa imutável me veio de onde era certamente de se esperar. Com 17 anos, agora, ao estar na cama, deitada ao lado da minha mãe, e adormecer com a mão dela na minha, uma onda de lembranças inundou meu coração, e naquele momento, naqueles poucos instantes eu me permiti esquecer de tudo que me rodeava, de todos os problemas e preocupações, naqueles poucos minutos eu me senti novamente como uma criança de 5 anos, eu deixei meu coração e minha mente me trasportarem há 12 anos atrás, e senti a paz, a pureza, a inocência, daqueles dias percorrendo cara ligação do meu corpo.
Então, aninhada aos braços dela, como se fosse uma pequena criança indefesa, eu me senti protegida, eu senti que naquele momento nada poderia me atingir, porque eu estava ali, no meu refúgio, no meu lugar, porque eu não tinha o que temer, eu não tinha com o que me preocupar...
Mas, a realidade me deu um choque, me fazendo acordar, me fazendo despertar do meu momento de ilusão... Ao mesmo tempo que foi dilacerante ter que me recordar que aquilo não passava de um mero momento de ilusão; foi também confortante, me fez perceber que não importa quanto tempo, 5... 10... 12... 20... anos, o meu refúgio vai estar ali, eu vou ter onde me acolher quando eu quiser voltar a ser aquela criança de 5 anos, apenas, de novo.
E quando eu não o tiver mais? Quando meu refúgio se for? Ele não se vai, nunca! Eu vou encontrar em cada lembrança o conforto desses braços que sempre me acolheram e acolhem; porque dentro de mim, ela sempre estará viva, para todo o sempre. Eu reencontrei então, o meu refúgio feliz.


Aos poucos vou voltando a postar aqui meu leitores lindos, não irei abandonar vocês completamente, nem que eu quisesse fazê-lo, não conseguiria tal feito.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Brasil enlouqueceu de vez

Candidato a Deputado Federal mais votado: Tiririca eleito com 1.353.820 dos votos. O que é isso?
O Brasil se perdeu totalmente no dia 3 de outubro, quando elegeu uma pessoa, que mesmo sem provas ainda, é visível o analfabetismo; uma pessoa que em todo o decorrer de sua campanha política fez o país de palhaço, levou tudo numa grande brincadeira, “tirou” com a cara de cada brasileiro... E o povo o que fez? Elegeu-o, bateu palmas para o espetáculo dele.
O que será que se passa na cabeça dessas 1.353.820 pessoas? Seja por “protesto”, ou por mera inconsciência de seu ato; a política brasileira não é algo que se possa servir de exemplo, nem nunca o foi, mas será que nós, brasileiros, não merecemos ter alguém de fato digno nos representando lá em cima? Não merecemos alguém que possa ser sério o bastante para poder lutar pelos nossos direitos? Pessoas que façam da política brasileira, embora difícil, não impossível, uma política que se possa servir de exemplo?
Já dizia a música: nos perderemos entre monstros, da nossa própria criação [...]; e de fato, estamos nos perdendo entre os monstros que nós mesmos “criamos”, na realidade, que colocamos lá, logo, criamos eles.
Não dá para continuar brincando desse jeito com coisas que de fato, não são de brincadeira. Agora, infelizmente já é tarde demais para que se possa fazer alguma coisa. Agora, o que se há de fazer? A mesma coisa que ele vai fazer lá, nada.


[...] Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação
[...]


Talvez Renato Russo já previa esse acontecimento, na realidade, essa política brasileira é assim desde sempre não é mesmo? Os brasileiros não querem realmente que o país cresça politicamente, por isso o Brasil será por muito tempo um país em desenvolvimento, até que as pessoas percebam que se pode mudar isso, ou até que elas queiram que isso aconteça.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Meus tchengos *-*

Bom, hoje é dia das crianças... Então eu resolvi fazer um post especialmente para as minhas crianças, meus sobrinhos, meu gordo e o meu magro *-*

Murilo, chegou tão inesperadamente, tão repentinamente, na mesma proporção que repentinamente se tornou a minha vida, o meu amor... Quando nasceu, dia 04/08/2006, parecia uma criaturinha tão pequena e frágil, e de fato era, a criaturinha mais linda e perfeita como eu jamais tinha visto em toda a minha vida, e ele chegou... Fazendo toda a diferença, e hoje... Se tornou essa criatura que de anjinho, só tem a cara, ou nem isso.

 
João Pedro, se o Muh chegou repentinamente, esse aqui então... Tudo com ele se passou tão rápido que foi meio difícil acompanhar tudo, estava com pressa de vir ao mundo, e chegou no dia 08/07/2009 e sem mais, o meu gordo é a coisa mais linda do mundo, meu amor² e minha vidinha².



Quem aguenta a cara de safado desse ser? Enquanto um está fazendo pose pra foto, o outro está viajando na água, nem ai pra vida.


 "Comer, comer! Comer, comer! É o melhor para poder crescer ♫" 
Coisas mais gostosas do mundo HSUAHSUHAUSH Essa cara do Muh me mata *-*


 Momento "Owwwnn *u*" HSUAHSUHAUSHUH São lindos, eu sei u_u

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

DMES

A veces, nuestros sueños caen al suelo como pedacitos de estrellas que poco a poco se apagan, nuestro corazón llora en silencio y cuando las lágrimas caen, hielan todo el cuerpo, y el corazón de tanto amar se convierte en hielo para no sufrir más, para ya no llorar. Pero se volteas al cielo, te darás cuenta que quedan millones de estrellas y cada una es un sueño por cumplir, y la fuerza en tu interior derretirá el hielo en tu corazón. Solo nunca dejes de creer, porque el amor y tus sueños son la única puerta hacia la eternidad.






Dulce Maria Espinosa Saviñón em "Dulce Amargo", os poemas dela são muito perfeitos, todos, sem exceção nenhuma, mas esse em especial, particularmente, é muito lindo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Especialmente hoje

Sobre você ou para você, eu não sei bem como eu poderia definir isso, mas na verdade, isso não importa, não faz diferença agora.
Hoje, você se fez presente de uma forma tão intensa, a tua presença estava por todos os lados, as tuas lembranças estavam por toda a parte... Desde o sorriso, até as belas palavras que sempre costumava a dizer. Esquecer-me de você, seria o mesmo que esquecer da minha própria vida, porque você fez parte de toda uma história, do livro dos meus dias, e eu escrevi cada página com teu nome com tanto carinho, mas hoje... Em especial hoje, em tudo você parecia estar presente, por toda parte parecia existir o teu sorriso.
Acredito verdadeiramente que não foram apenas os meus, mas, meus olhos olhavam por toda parte procurando algo, dizendo melhor, alguém, com a certeza de que não encontraria, mas com a esperança de encontrá-lo ali, em algum lugar, rindo... Sim, rindo. Porque você fazia tudo se tornar uma festa, e a melhor memória que trago de você... São incrivelmente todas, porque o tempo todo estava rindo e sorrindo, alegrando a quem quer que estivesse triste.
Eu poderia me esquecer das exatas palavras, mas jamais poderia me esquecer de alguém tão apaixonado quanto fora você, depois de tanto tempo, ainda escrevia pequenas cartas declarando o teu amor. Eu poderia me esquecer de quantas vezes, mas jamais me esqueceria das inúmeras vezes que eu ouvi um ‘minha cunhada preferida’. Eu poderia, e de fato, me esqueci das exatas palavras que usava para “exaltar” tua sogra, sempre que lhe fosse dada a oportunidade... Ou não. Esquecer-me da maneira que você se importava e cuidava com tanto amor dos teus filhos mesmo que chegasse de um dia árduo de trabalho? Não, eu não poderia em hipótese nenhuma me esquecer. Eu poderia me esquecer do grave som da tua voz, mas jamais me esqueceria das inúmeras vezes que ouvi um ‘Crica’, a maneira que apenas você me chamava; disso eu jamais me esqueceria.
Hoje, especialmente hoje, me bateu uma enorme saudade no peito, que me faz senti-la até agora, talvez eu nunca tenha parado para pensar, talvez eu não quisesse isso, por saber que doeria demais, mas hoje de alguma forma eu me obriguei a isso, e mais do que nunca, eu percebi a falta que você faz, eu percebi como a tua ausência é completamente perceptível, eu descobri em muitos olhares hoje, a dor da saudade no coração de cada um desses olhares.
Mas aqui, agora, escrevendo essas pequenas palavras, dos meus olhos caem lágrimas, mas não, não de tristeza, de saudade sim, mas em especial, de felicidade... Felicidade por saber que você, fisicamente, existiu, que você fez surgir tantos sorrisos espontâneos, que tantas vezes fez gargalhadas – daquelas gargalhadas gostosas – acontecerem.
Você, infelizmente, fisicamente, se foi... Com toda certeza, sei que para um lugar bem melhor do que aqui, mas a tua memória, você está e sempre estará em meu coração, nas minhas lembranças eu sempre terei os teus instantes transformados em momentos eternos, inesquecíveis. Você, meu tio, foi uma das principais pessoas que eu mais admirei em toda a minha vida.
Há uma frase que diz assim “Não chore pelas coisas terem terminado, sorria por elas terem existido”, e de alguma forma, ela me faz sorrir sempre, porque ela me faz lembrar de você, porque ela me faz lembrar dos tantos momentos que de risos e sorrisos que você proporcionou, não apenas para mim, mas para muitas pessoas.
Tio Fernando, onde quer que você esteja agora, eu sei que hoje você estava presente entre nós, eu sei que o teu sorriso bobão de emocionado estava estampado no teu rosto, sim, eu sei que de alguma forma você estava ali. Eu queria poder ter dito isso enquanto ainda era tempo, mas percebi tarde demais que eu nunca te falei isso, talvez ainda não seja tarde demais, de qualquer maneira, digo que, eu amo você, e você se faz vivo em todas as minhas lembranças, eu sinto saudades, sinto tua falta... Mas o que me conforta, é saber que aí onde está você está feliz, o que nunca poderia ser diferente.


Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém, que o que mais queremos, é tirá-la dos nossos sonhos e abraçá-la. (Clarice Lispector)
Esse texto foi feito no dia 25/09/2010, e como foi dito ali, tenho certeza de que não para mim a única pessoa a qual ele se fez tão presente nesse dia. Feito ao meu tio Fernando, que infelizmente se foi.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ao "Querido" Sr. Presidente

Sr. Presidente,

Querido Presidente, já parou alguns instantes para olhar o país a sua volta? Já parou para observar cada canto dessas cidades? Em cada canto existe um olhar perdido precisando de ajuda, e você já se mobilizou com isso? Já se mobilizou realmente, não apenas para mostrar que o fez. Já sentiu a dor que esses olhares sentem? Como você dorme a noite? Como você anda com a cabeça erguida? Querido Sr. Presidente, você nunca daria uma volta comigo... Daria? Andaria ao meu lado pelas ruas de uma cidade qualquer olhando para todos os lados sem ter o mesmo sorriso no rosto de quando passa como um político que não quer perder os teus eleitores? Deixando que o teu coração, há muito deixado de lado, o fizesse sentir na pele as dores do teu povo? Sim, é o teu povo Querido Presidente, esse povo que o colocou aí onde está agora e você os largou a deriva de todas as coisas ruins que estão aí?
Já saiu alguma vez da tua caverna cheia de ouro e olhou para todas as pessoas abandonadas nas ruas? Principalmente as crianças; já olhou para elas Senhor? Já olhou para os adolescentes usando drogas, se prostituindo, tudo bem embaixo dos teus olhos, você já parou para observá-los por um só minuto? Já pensou em como você tem mil e uma maneiras de ajudá-los, de tirá-los de lá e colocá-los em um lugar muito melhor? Você pode fazer o possível para melhorar a vida desses adolescentes, já pensou nisso por algum instante?
Você está acostumado com todos que se calam diante o que você faz ou deixa de fazer não é mesmo? E se algum dia as pessoas realmente acordassem e começassem a expressar tamanha indignação com tantos problemas, cheios de soluções possíveis, mas que não são solucionados por... Por causa de que?
São tantas dúvidas como você pode ver Sr. Presidente, tantas dúvidas seguidas de certezas da falta de um sim dentre todas elas, o seu dinheiro tem destinos que pra você é melhor não é mesmo? Não posso culpá-lo por pensar em você, mas antes de fazer isso poderia ter pensado em não fazer com que todos acreditassem que agora iria pensar em todo um povo não é mesmo? Já ouviu falar em dignidade? Em confiança? Em honestidade? Foi tudo isso que fez teu povo acreditar que havia em você, e você? Os enganou não é mesmo? Grande batalha vencida Senhor, venceu todos os tolos que em ti confiaram esse país inteiro.
Tantas perguntas, tantas dúvidas, tantas questões, para que? Por nada, porque embora não queira aceitar isso, eu sei de todas as respostas de cada pergunta feita, mas por fim, já ouviu falar em esperança? Pois é ela quem me faz acreditar nesse Brasil todos os dias, e acreditar que independente de quem quer que esteja aí ocupando esse lugar, um dia, a resposta de todas essas perguntas, irá mudar, e então veremos a diferença completamente nítida em nossos olhos.


Com total indignação,
Teu "povo".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Make a move

Reclamar sobre o governo - e de demais "chefes" - é direito de todos.
Direitos todos nós temos, da mesma maneira que temos nossos deveres. Fácil olhar para os que estão lá em cima, para aqueles que estão mandando no país e apontar o dedo para eles, os acusando e os culpando por tudo de errado que rodeia o país. Mas por que eles estão lá? Porque os colocaram lá, alguém escolheu esse futuro para o Brasil.
Engraçado ver a maneira como todos reclamam, brigam, por terem que votar, por terem que escolher quem vai roubar dessa vez, escolher os palhaços do grande circo que a política se tornou. Se pudessem escolher, não votariam; preferem votar nulo ou em branco; é complicado escolher um entre tantos, mas se não fazê-lo com que direito se pode reclamar? Não votou, não quis escolher alguém para governar o país, então não tem porque acusar quem fora o escolhido.
Talvez a maioria das pessoas, se pudessem optar, se no Brasil, assim como em outros países, o voto não fosse obrigatório, deixariam de votar, iriam preferir não participar do espetáculo, mas depois, assim que o governante fosse escolhido, na primeira oportunidade, iria apontar o dedo acusador, logo se vê o quanto se importam com o futuro do país. O melhor seria se ao invés de perderem tempo xingando e dizendo que só há ladrões, tomassem consciência e não deixassem permanecer da mesma forma que tudo está. Mudança, esperança, consciência. Que seja feita a diferença nessas eleições.

A política é como a esfinge da fábula: devora todos que lhe não decifram os enigmas. Frase de Antoine Rivarol

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Menestrel

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sútil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém… Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.


William Shakespeare


Olá novamente meus queridos *-* Bom... Eu pensei em como poderia "voltar" com o blog, pensei que poderia fazer um belo texto e tudo mais, mas quando parei mesmo pra pensar, me lembrei desse texto de Shakespeare, e me lembrei do quanto eu amo ele, do quanto ele é perfeito e diz muito do que penso, e então, resolvi voltar assim, com ele, porque acho que assim como eu, muitas pessoas se identificam com ele não é mesmo? E quem sabe até alguém não "aprenda" com ele.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Insegurança

Não sei, às vezes tudo é tão estranho. Medo. Insegurança. Por um momento, desconfiança. Dor. As coisas mudam numa freqüência tão grande; talvez a explicação para tudo seja só e simplesmente a insegurança. Mas é difícil encontrar uma razão para tanto, quando tudo é tão mútuo. Eu não quero ter que ver acontecer, fazer acontecer o que mais temo, por erros meus, por desconfianças momentâneas, por medos exagerados. Não quero me deixar cegar pelo desespero da falta. 
Que meu coração não pertence mais a mim é fato, ele já não bate sozinho, está sintonizado, e por isso teme em ficar só. Mas é tão injusto sentir meu coração doer por algo que, é incerto. É irreal. Perder tudo por insegurança? Não! Eu quero parar, quero não pensar, mas isso às vezes é como uma droga que me consome de maneira que nada do que eu tente fazer mude alguma coisa. É uma droga. Eu quero parar. Eu quero não pensar. Eu quero controlar. Mas como? Eu não posso, é tão fora de controle. É como se percorresse cada ligação nervosa do meu corpo, e de repente, nada mais faz sentido, tudo parece perdido na escuridão da minha insistência em deixar cegar a mim mesma. Quero poder fechar os olhos e não pensar no fim, no erro, no engano, na mentira. Irrealidade. Essa droga, insegurança, talvez me consuma por ter uma ainda mais forte tomando conta da minha sanidade, do meu controle, essa percorre as minhas veias, mantém meus batimentos, perturba os meus pensamentos, descontrola a minha respiração. Mantém a minha sobrevivência. Isso é insensato. Isso é real. Amar é loucura. Amor é insensatez. A vida é realmente insensata e basta!

sábado, 21 de agosto de 2010

Ilusão

Se tudo der certo, eu e você vamos nos encontrar, passar horas e horas juntos, sem parar para pensar no tempo, sem nos preocupar com nada, nem ninguém, será apenas eu e você [...]

Essas palavras não saiam da minha cabeça desde que ele as disse para mim aquele dia; tudo parecia tão estranho desde então; o sol já não brilhava tanto quanto antes, as flores não exalavam o perfume inebriante como outras vezes, as músicas não eram tão lindas como já foram, os filmes já não faziam tanto sentido, e o amor... Estava prestes a se tornar indiferente aos meus olhos e principalmente ao meu coração. Me lembrar que acreditei em cada palavra que me dissera... Mas me enganou, mentiu, e não tenho o menos pudor ao fazer isso, como pude ser tão tola? Eu que sempre tive meus pés no chão, me deixei levar por promessas que nunca tiveram a intenção de deixarem de ser apenas palavras.
Por um instante senti vontade de ligar para alguém do Brasil, mas o telefone estava bloqueado, acreditei então que assim era melhor, talvez eu ainda não estivesse pronta para mentir que estava bem, ainda não, não agora, não hoje. Eu sentia frio, mas não um frio que bastava em me enfiar debaixo das cobertas que passaria, mas era um frio aqui dentro de mim, meu coração parecia estar congelando, talvez isso fosse bom; sentia medo, não de ficar só, nem mesmo de não saber viver sem ele, eu teria que aprender afinal, mas de pensar em como ele poderia estar muito bem, feliz, longe de mim, saber que pra ele, eu não fui nem mesmo a metade do que ele foi, e de maneira repugnante, ainda é para mim, isso fez abrir mais fundo ainda a minha ferida, que insistia em não se curar.
E as nossas cicatrizes têm o poder de nos recordar que o passado foi real, recordar... Quando tudo que eu mais precisava era simplesmente esquecer, eu desisti dos meus sonhos e princípios por causa dele, e em troca disso, ele me tirou o que de mais precioso eu tinha, a alegria, a alegria de estar viva.



Obs.: Texto totalmente fictício apenas para as pautas do "OUAT", "In Verbis" e "Bloínquês".
Boom meus queridos leitores, peço-lhes desculpas pelo relaxamento que estou tendo com o blog, eu prometo que vou tentar postar mais u_u E, aos que acompanhavam o "Discretamente Perigoso", peço-lhes mais desculpas, mas no momento, eu não irei continuá-lo porque a minha criatividade não está ajudando muito, então, assim que for possível eu irei postar os próximos capítulos, espero a compreensão de vocês, e as minhas sinceras desculpas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Selos *----*

Ganhei quatro selos, o da MARY do blog Poetry Prevails, o do Ítalo do blog Manuscrito, o da Gabriela do blog Cravo e Canela e o da Amanda do Keep Breathing.

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Os três com basicamente as mesmas regras: e : Falar 9 coisas sobre mim. E o falar 10 coisas, então falarei 10 coisas sobre mim.

1. Eu sou uma pessoa extremamente preocupada com as pessoas que eu amo, logo isso me torna muito chata, mas eu não consigo mudar isso, por mais que eu já tenha tentado.
2. Eu sou muito calma, muito mesmo (acho que até demais), mas também, quando conseguem me tirar do sério, sai de perto (ui).
3. A minha vida "toda" eu quis fazer medicina, estava decidida, até esse ano, que eu realmente deveria estar, mas eu simplesmente mudei de opinião e resolvi que não queria mais fazer medicina (medo). Vou fazer publicidade agora u_u.
4. Eu tenho uma incrível dificuldade em lidar com o meu pai. Por quê? Eu não sei. Eu acho.
5. Sou alguém que prefere não pensar no futuro, e vive o presente intensamente para não se arrepender depois, e leva do passado apenas coisas boas, deixa pra trás todas as coisas ruins, acreditando que assim, a vida se torne um lugar melhor para se habitar.
6. Eu sou ciumenta e extremamente possessiva, embora, eu tente controlar minha possessão, já que isso pode causar muitos problemas, estou indo bem no controle dessas emoções.
7. Eu sou um tantinho quanto orgulhosa, às vezes meu orgulho não me deixa perceber o erro que estou cometendo.
8. Eu tenho imaginação fértil, e quando me junto com alguns amigos, nunca sai nada que preste, se dão corda, a minha imaginação cria asas e voa longe.
9. Eu tenho vontade de espancar quando vejo um ser jogando lixo na rua, queimando algo, enfim... Tenho raiva de pessoas que não tem a miníma noção da situação que se encontra o mundo.
10. E por fim, eu sou uma pessoa que se sensibiliza muito fácil com toda a desigualdade que envolve o mundo, principalmente quando a mesma refere-se à crianças. E se pudesse mudaria tudo isso.

, , e : Indicar blogs para receber o selo:

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um anjo chamado Pai

Entrei no carro, dei a partida e comecei a ir longe desse lugar que tantos anos  eu vivi, que tantas histórias eu passei, e agora vejo tudo ficar pra trás, e nos meus pensamentos voltam à tona todos os acontecimentos ali vividos; e um em especial fez os meus olhos se encherem de lágrimas.

- Eu não permito que você vá embora dessa cara, eu sou teu pai e a sua obrigação é me obedecer. – disse meu pai gritando.
- Pai to deixando de ser um menino, eu estou crescendo, você tem que entender e aceitar isso! Você é e sempre será meu pai, mas está na minha hora de correr atrás dos meus próprios ideais. – eu disse calmamente a ele.
- Eu não posso entender isso filho, não posso! – ele disse relutante.
- Pai! – me aproximei dele – eu amo você! E se eu pudesse realmente escolher entre ir e ficar, eu escolheria ficar aqui, ao teu lado, até o fim dos meus dias; no aconchego do teu abraço, na segurança da tua presença; mas não posso mais, eu preciso seguir sozinho, eu preciso aprender a levantar sozinho. Mas você pai... Você vai sempre estar comigo, no meu coração, nas minhas lembranças... Mas agora, eu preciso ir. – ao terminar meus olhos já estavam cheios de lágrimas, assim como os dele.
- Filho... – e senti seu abraço me apertando – eu te amo!
- Eu também amo você pai! – eu disse, sentindo minhas lágrimas rolarem pelo meu rosto.
- Meu filho! – disse ao se afastar lentamente – Vai! Segue tua vida, seja feliz e se nada der certo, volta! Volta e eu estarei aqui de braços abertos para te acolher. – e deu um tapinha de leve em meu rosto.
- Eu sei pai, eu sei! E é isso que me dá forças de enfrentar o que vier. – eu sorri.
- Vai com Deus meu filho! – sorriu-me de volta.
- Fique com Ele meu pai! – e lhe dei um último abraço.

Ao me lembrar desse pequeno e intenso instante, foi inevitável segurar as lágrimas, que insistiram em rolar pelo meu rosto, meu velho pai havia ficado lá no aguardo da minha volta e ao mesmo tempo na esperança de que eu fosse feliz:
- É... Despedidas são difíceis. – disse a mim mesmo, e suspirei, secando minhas lágrimas.
Continuei minha viagem rumo ao futuro incerto que me esperava, mas com uma certeza: tem muitos anjos disfarçados de pessoas na terra e eu descobri que meu pai era um deles. E ao pensar nisso, não pude evitar de sorrir ao me lembrar daquele que sempre fez tudo por mim.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mãe


Ou “mamãe”, era assim que começavam as minhas cartas há um tempo atrás se lembra? Naquelas folhas coloridas, amarela, rosa, azul, verde, e em nenhuma delas faltava esses versos:

Eu tenho tanto, pra lhe falar, mas com palavras, não sei dizer, como é grande, o meu amor... Por você [...]

Era fato que eles sempre estavam presentes em cada carta, primeiro porque esses versos são de seu ídolo, Roberto Carlos, segundo porque eles dizem tudo e qualquer coisa, sem que fosse necessário eu dizer mais alguma palavra.
O tempo passou, muito tempo passou, eu cresci, e você disse que eu já não era mais a sua menininha, mas isso não é verdade, eu sempre serei a sua menininha, não importa com quantos anos eu esteja, quantos amigos eu tenha, novos ou velhos, eu sempre vou ser aquela menininha que não saia de perto de você nem mesmo por um momento, e que mesmo em silêncio, tentou te dar forças em todos os momentos que você precisou.
Se lembra daquela garotinha que tantas vezes você superprotegeu? Ela cresceu, mas você ainda a superprotege, e isso, será que algum dia vai mudar? Eu espero que não.
E hoje, dia 28 de julho de 2010, é o seu dia. As pessoas costumam dizer que ninguém é perfeito, mas eu discordo, discordo completamente de tal afirmação, você é perfeita, eu poderia passar horas e horas, isolada do mundo, com o pensamento focado em encontrar algum defeito que seja para você, e então, eu poderia encontrar a superproteção, mas como pode ser um defeito quando você está fazendo isso por amor aos teus filhos? Como amar incondicionalmente poderia ser defeito? Eu poderia encontrar o silêncio quando deveria falar, mas como posso dizer que isso é um defeito se o silêncio evita o pior? Eu poderia ficar horas, e horas vagando por esses mesmos pensamentos, mas seria inútil, seria em vão, qualquer coisa que alguém ou até eu mesma ousasse apontar como defeito, não seria nem por um momento aceitável, eu diria que seria injusto, e pensando nisso, logo eu desisto de tentar encontrar isso, de qualquer forma, isso não faria sentido.
E então, eu poderia começar a pensar em todas as tuas qualidades, mas isso seria tão irracional sabia? Porque você simplesmente consegue ser tudo! Incrivelmente você consegue tornar todas as dificuldades em momentos tão fáceis, você faz a minha insegurança ir embora, porque eu sei que você vai estar do meu lado sempre, pra tudo e qualquer coisa, quando estou com medo, os seus braços me acalmam de uma forma tão carinhosa.
Falar pra você, e de você, é lembrar de afeto, carinho, e o mais puro e verdadeiro amor que possa existir.
Eu ouço tanto por aí “a minha mãe é insuportável”, “a minha mãe é muito chata”, “a minha mãe me enche o tempo todo”, “a minha mãe é isso e aquilo”, enfim... Tantas reclamações, tantas críticas, tantos xingamentos, e fico me perguntando onde está o problema será que nos filhos ou será que, além de qualquer clichê que exista por aí, eu tenho a melhor mãe do mundo? Então, eu ainda fico com a segunda opção, e ainda que digam que não, pra mim você é, e sem nada mais a dizer, me resta a dizer, o que eu sempre dizia nos finais daquelas cartas, aquelas mesmas com os papéis coloridos...

Obrigada por existir!


Com todo amor que houver nessa vida,
Christine Geraldo Wengrzynek.



Essa é uma carta real, que eu realmente entreguei pra minha mãe, porque ontem foi aniversário dela *-* e hoje mais do que nunca ela merece cada palavra escrita aí.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dilema

Á favor e contra. Sim... Eu não tenho apenas uma visão em relação a isso, até porque a meu ver, isso é um tanto quando difícil.
Então, primeiramente, vamos aos prós. Você acredita que um tapa vá tornar alguém obediente e educado? Não, não vi... Vai deixar esse alguém com medo de você, e com isso vai criar a impressão de que está adiantando, mas não se engane, não está, medo é bem diferente de obediência. E mais? Em sua grande maioria a violência vem de onde? Tem inicio onde? Exatamente, em casa. Se uma criança apanha de seus pais, de fato será assim que castigará seus futuros filhos, não quero generalizar, então na grande maioria dos casos são assim. Crianças crescem dentro de um mundo violento, e então criam um pensamento, uma visão violenta; acredito e espero que com essa proibição isso melhore muito, já que, indo agora aos contras, isso é realmente desnecessário, melhor dizendo, não é prioridade em um Brasil que está precisando de leis realmente relevantes, que mudem toda essa bagunça, que seja de total precisão para com todos. O nosso país anda banalizando leis, autoridades estão usando do seu poder para criar leis desnecessárias apenas pra dizer que estão fazendo algo, que estão pensando na população, quando na verdade estão pouco se importando com todos, estão tentando com isso ocultar as suas falhas e roubalheiras incessantes, buscando esconder toda podridão escondida atrás de palitos e gravatas, escondendo incessantemente a hipocrisia de suas preocupações com o mundo.
Diante de tais visões, não posso me colocar contra nem a favor dessa lei, apenas posso esperar que ela surta efeitos, para que de alguma maneira a hipocrisia faça algum sentindo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo VI)


No outro dia pela manhã, Alice chegava à faculdade, estava com o olhar atento para todos os lados, já se sentia mais segura ao andar pelos corredores e eles não pareciam mais tão longos como no primeiro dia. Estava chegando a sua sala, quando ouviu uma voz já conhecida por ela, e em uma ação involuntária de seu corpo, ela parou ao lado da porta.
-... Já disse pra que você não me ligasse esse horário, você sabe o quanto é arriscado, ainda mais agora e você sabe o motivo. – disse John, baixo e fez-se silêncio.
- Não me liga mais, quando eu necessitar da tua ajuda, eu ligo, do contrário não me ligue! – disse John grosseiro, em seguida desligando o celular.
Nesse mesmo instante, Alice, entra na sala e olha para John, dando um sorriso misturado de sarcasmo e simpatia, John a olha, sério, a fulminando com os olhos. Ela senta-se no seu lugar, e no decorrer da aula seus pensamentos ficam longe tentando de alguma forma se concentrar para colocar em prática os planos que rondavam seus pensamentos, até que é despertada pelo irritante sinal. Todos se retiram da sala, exceto ela e John, como já havia virado rotina.
- John, as coisas são tão engraçadas não acha? – disse ela com um tom divertido ao mesmo tempo em que se levantava de sua cadeira e ia em direção a ele.
- Por que diz isso querida Ash? – disse ele sarcástico.
Ela sorrindo divertida, colocou-se a frente dele, apoiando suas mãos em sua mesa, e olhando-o nos olhos.
- Porque é como se as coisas estivessem nesse momento se encaixando, e pra isso eu não tenha feito simplesmente nada. – com o mesmo tom.
- Que coisas estão se encaixando? – disse ele ficando com uma expressão dura.
- Não seja ingênuo querido! – disse Alice com sarcasmo – Nós dois sabemos o que está acontecendo por aqui hum? Não precisa ficar com medo! – voltando ao tom divertido.
- Com quem pensa que está falando? – gritou ele.
Alice assusta-se um pouco com essa ação inesperada, mas não desiste.
- Está ficando assustado John? As coisas estão ficando ruins para o teu lado querido? – disse ela com sarcasmo.
- Quem você pensa que é para falar nesse tom comigo? Você não sabe com quem está lidando! – disse ele nervoso, e ficando em pé – Eu posso acabar com você garotinha! – ameaçador.
- Você quem não sabe com quem está lidando garoto! – disse Alice ficando séria – Eu vou te avisar uma coisa, daqui pra frente tudo vai ser diferente, já chega de brincar de lobo-mau, a brincadeira acabou! – olhando-o profundamente.
- Eu deveria ter medo de você? – disse debochado.
- Responda isso você mesmo, agora o jogo vai começar pra valer garoto, seremos apenas eu e você! – disse ela decidida, e logo em seguida ouve-se mais uma vez o sinal, e todos começam a retornar as suas salas.
Alice sem tirar seus olhos dos dele, volta para seu lugar, sentando-se. A aula passa arrastando-se, e Alice inquieta, esperando ansiosamente pelo fim, sabendo o que viria, e depois de horas, o sinal finalmente toca, ela se levanta, e sai da sala sem olhar para John.
A caminho de sua casa, mais uma vez sente que está sendo seguida, mas dessa vez, ela sorri vitoriosa, e acelera os passos, pura e simplesmente por ansiedade. Passando por uma rua mais escura, ela sente mãos a segurando novamente e a levando para um lugar ainda mais escuro, ela sabia bem quem era, ao ser encostada na parede e sentir braços a prendendo.
- Eu estava esperando por você, John! – disse ela com um sorriso sarcástico no rosto.
- Quem é você afinal? Me diga! Quem é você de verdade? – disse John gritando.
Alice soltou uma gargalhada divertida, em seguida colocando uma mão sobre o peito dele e o empurrando para trás, fazendo com que ele se encostasse na parede dessa vez.
- Por que está tão nervoso garoto? Poderia até me arriscar a dizer que está com medo. – disse ela ainda rindo.
- Não estou com medo, mas você sim deveria estar! – disse ele ameaçador.
- Sabe John... – disse Alice, aproximando-se do rosto dele, ficando com sua boca a poucos centímetros da dele – até agora só me fez ameaças e mais ameaças, eu não creio que você seja tão perigoso quanto quer ser. – disse ela sussurrando, com uma voz um tanto quanto sedutora.
John cerrou os dentes com força, engoliu a seco, esquecendo-se de respirar por alguns minutos.
- O que está tentando fazer? – disse ele ofegando um pouco.
Alice sorriu de lado, aproximou seus lábios da orelha de John.
- Tentando? Nada querido John! Eu apenas faço, ajo, ao invés de apenas fazer ameaças... – sussurrou ela suavemente, ao mesmo tempo em que deixava sua mão deslizar pelo peitoral de John, até o cós de sua calça, sorrindo com maldade ao escutar ele ofegar – e sabe o que é melhor de tudo isso? Mesmo começando a jogar mais tarde do que você, eu já estou ganhando! – disse isso e em seguida mordeu levemente o lóbulo da orelha dele, se afastando e olhando-o. Soltando uma gargalhada assim que o olha, olha em seus olhos, sorrindo divertida e vitoriosa.
- Algum problema querido? – sarcástica.
- N-nã-não! – gagueja ele, respirando fundo tentando encontrar o ar que lhe fugiu – Você está brincando com fogo. Se você quer jogar, nós vamos jogar! – disse ele a fulminando com os olhos pela segunda vez no dia, com tom ameaçador.
- John... – ri Alice – Antes de começar a jogar, acho que você deveria ir pra casa, tomar um banhozinho gelado! – dando uma piscadinha para ele, e saindo dali – Bye bye querido! – sarcástica, disse já um pouco distante.
John a olhando de longe, ainda estava meio extasiado, porque ele não poderia ser louco de negar, era uma mulher linda e atraente demais.
- Isso não vai ficar assim! – foi apenas o que disse [...]

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Direito à vida

Falar sobre o aborto é realmente delicado. Há os que apóiam o aborto, os que apóiam apenas em caso de estupro, e ainda há quem seja totalmente contra. E eu faço parte das pessoas que são totalmente contra.
Acredito que qualquer que seja a hipótese a criança não tem absolutamente culpa nenhuma, e não pode pagar por um erro ou um “acidente”.
E então me perguntam “Como você é contra o aborto em caso de estupro?”, me julgam por isso, mas como eu posso ser a favor de algo que está acabando com uma vida? A criança não tem culpa de nada do que aconteceu, claro, podem dizer que a mãe também não, com toda a certeza, mas pagar com a vida de alguém completamente inocente, que é apenas um minúsculo pedaço de gente, não é justo, não é algo que esteja dentro do meu conceito de aprovação. E então, mais uma pergunta surge na cabeça de vocês nesse momento, “Como essa criança vai viver com essa marca na tua vida?”, e então eu quem pergunto, pra que existem mães? Se as mães existem para proteger seus filhos, como ela vai matá-lo? E mais perguntas surgem, “Como a mãe vai olhar para a criança e não se lembrar de como ela passou a existir?”, psicólogos, existem para que? E muitas outras perguntas surgem para tal defensora de “totalmente anti-aborto”, e se necessário, respondo a todas, sem exceção. No entanto, ainda sendo contra o aborto mesmo nesses casos, é um tanto quanto aceitável quando decidem abortar por isso, apenas por isso.
Um pequeno ser humano, que nem ao menos sabe o que é, tem o direito à vida e jamais teria que pagar por erros, acidentes ou loucuras de qualquer pessoa, podem existir um, dois ou três culpados, mas jamais fazer um bebê pagar por isso.
Já pararam pra pensar o quão frio é isso? Essa criança não pediu pra nascer, essa criança não pediu para vir ao mundo, então não a mate, não a puna.
O mais incrível de tudo isso é saber que alguém ainda consegue deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente depois de ter matado alguém, depois de ter matado uma pessoa que nem sequer teve como se defender de tal crueldade.



Eu sei que assim que terminarem de ler esse texto, muitos julgamentos virão, e acho que assumi esse risco ao expor essa opinião sobre esse assunto que é realmente difícil de se tratar, mas assim como você tem a sua opinião, eu tenho a minha, então... Citei sobre as perguntas ali em cima, então, se tiverem perguntas em relação a essa minha visão, podem perguntar, que eu vou responder.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Afinal, se discute ou não?

Na teoria, com toda certeza, gosto não se discute, mas na prática... As coisas não são bem assim não é verdade? Mas também não é verdade que devemos respeitar os gostos de cada pessoa independente se nos agrada ou não? Claro, é bem verdade, mas então porque isso não acontece? São muitas perguntas para poucas respostas não é?
Mas quem somos nós para julgar quem o faz? Quem nunca se “revoltou” pelo gosto de outra pessoa? Se disser que não, estará mentindo, porque pode ter sido em uma coisa muito pequena, mas que já julgaram alguém por seus gostos, já fizeram sim.
Como disse, eu não sou uma exceção desse todo que já julgou, eu já julguei, já ri, já discuti, no entanto, eu realmente acho isso muito errado, até porque eu nunca gostei quando julgaram os meus gostos; e acredito que esse tal gosto discutível se deve em sua maioria à música, estou errada? A meu ver, as pessoas discutem mais seus gostos musicais do que outras coisas, e por quê? Se você não gosta de pagode, por que outra pessoa não pode gostar? Se você acha o Justin Bieber uma criança que não sabe cantar, porque outra pessoa não pode achar ele lindo e que ele canta super bem? Mas, nós julgamos, mesmo sendo errado, não queremos ver pessoas que nos rodeiam gostando do que não suportamos, não é assim? E então, mais uma pergunta, e o respeito? É ruim falar, mas ele se extingue nessas horas, simplesmente agimos por conta do que nós gostamos e esquecemos que outros têm total liberdade de gostar do que quiserem.
Agora vamos a um “exercício de reflexão”, se você gosta muito de uma banda, de um ator, ou do que seja, e alguém, chega pra você e diz que não gosta dessa banda, ator, etc. e fala um monte, você iria gostar? Acredito que não certo? Por fim, isso acabaria numa discussão totalmente sem fim, sem dúvidas, porque ninguém iria ceder; então, diante disso, por que nós então fazemos o mesmo com outra pessoa? Por que julgamos o que as pessoas gostam, e muitas vezes discutimos isso, quando nos irritamos e até mesmo nos chateamos quando fazem isso com a gente? Por que insistimos em fazer com o outro o que não gostamos quando fazem com a gente?



Não vou fazer uma “conclusão” desse texto, eu deixo a critério de vocês tal “exercício de reflexão”, pensem nisso, muitas coisas poderiam ser melhores se antes de fazermos algo, pensássemos ou ao menos nos colocássemos no lugar da outra pessoa .-.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Parts of me

Poderia falar de tantos amigos agora, hoje em especial, afinal, é 20 de julho, dia do amigo não é mesmo? Eu busquei o mais especial, mas não há, eu busquei o mais importante, mas também não há, todos são especiais e importantes do seu jeito, existem os que são os melhores. No entanto, não existe um único, eu não posso falar de um sem me lembrar de outro, por esse motivo, eu vou falar unicamente para todos vocês.
Na minha vida eu sempre busquei encontrar o melhor nas pessoas sem perceber que elas eram o melhor, e você me fez enxergar o melhor que tinha em você, me fez enxergar o essencial que tinha em você, o teu coração, que me acolheu dentro dele, assim como eu acolhi você dentro do meu. Você não quis me escutar quando eu disse que com você eu poderia viver os melhores e mais intensos momentos da minha vida, e assim foi, assim está sendo, e em nenhum momento eu pensei em desistir da sua amizade.
Eu queria poder dizer cada felicidade que me trouxe, mas eu não poderia limitar tal sentimento a meras palavras, não seria justo eu descrever um sentimento indescritível, talvez os meus olhos, ao colocar essas meras palavras aqui, estejam transmitindo imagens de cada momento ao seu lado, de cada sorriso dado com você, de cada risada, de cada lágrima derrubada no teu ombro, de cada lágrima sentida molhando o meu ombro, de cada abraço apertado, de cada discussão boba, de cada briga que durou dias ou meses, de cada simples momento; na minha lembrança e no meu coração há cada um desses momentos, detalhadamente guardados dentro, e talvez você esteja um pouco longe, mas a distância não seria capaz nem por um momento de me fazer deixar de lembrar de você, talvez estejamos muito perto, e então as lembranças seguem vivas, seguem acontecendo a cada dia que passa.
Eu não quero me limitar ao falar da sua amizade, e tampouco me limitar a falar do meu sentimento por você. Seria demais se eu dissesse que eu seria capaz de dar a minha vida por você? Seria demais se eu dissesse que seria capaz de sofrer no seu lugar? Sendo demais ou não, sim, eu seria capaz... Seria, porque a sua amizade é o que há de mais importante, acima de qualquer coisa a amizade estará aqui dentro de mim.
Eu sei que tudo isso não passa de palavras, mas em cada letra há um intenso sentimento de amor, afeto, carinho, amizade, compreensão, sorrisos, risos, abraços calorosos, brincadeiras inesquecíveis, cumplicidade, e se nesse momento me pedissem pra escolher entre a minha vida e a tua, eu com certeza escolheria a tua, porque sem você na minha vida, faltaria sentido, e se fosse preciso por você eu faria isso mil vezes, e essas são apenas palavras sinceras de um coração que transborda alegrias por ter você ao meu lado.


Esse texto não está direcionado a um(a) amigo(a) apenas, e sim a todos, e eu não vou dedicar aqui agora a eles, porque eu poderia esquecer de citar algum deles, e isso não seria legal, no entanto, cada um deles se ler, vai saber que é pra ele também, porque, sem exceções, todos eles sabem da importância que têm pra mim. Então, eu dedico sim esse texto a todos vocês meus melhores amigos, feliz dia do amigo (à todos, não só à eles u_u)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Inocente amor

Lucas e Samantha eram duas crianças de aproximadamente 8 anos, crianças demais para entender muitas coisas da vida, mas de uma coisa eles já entendiam, já entendiam o que é sentir o amor.
Moravam os dois, próximo a praia, e era um dia quente, mas sem sol, estavam sentados a beira mar.
- Você é muito bonita sabia Sam? – disse Lucas baixinho.
- Obrigada! – disse Samantha envergonhada, olhando para o lado.
Os dois ficaram em silêncio por um momento, e sorrateiramente, Lucas aproximou sua mão da de Samantha, e segurou-a levemente, sem olhá-la sorrio timidamente, Samantha riu baixinho, e continuou a olhar as ondas que vinham até os seus pés, e voltavam para o mar.
- Será que um dia nós também vamos embora? Assim como as ondas? – disse Samantha.
- Eu não quero ir embora Sam, eu tenho medo! – disse Lucas.
Ela então olhou para ele com uma expressão de dúvida, ficou olhando-o por uns instantes e perguntou:
- Do que você tem medo Lucas?
Ele estava de cabeça baixa, e balançou a cabeça levemente ao ouvi-la perguntar.
- Você não quer me falar? É um segredo? – disse ela inocentemente.
- Sim! – disse Lucas, levantando a cabeça e olhando para ela.
- Você tem um segredo? – disse ela.
- Eu tenho! – disse ele envergonhado.
- Qual é o teu segredo? Do que você tem medo? – disse ela olhando diretamente para ele.
- É que Sam... Eu gosto de você... – disse ele baixinho – E eu tenho medo de ficar longe de você! – com o rosto corado.
Samantha ficou olhando pra ele, e então se aproximou e selou seus lábios nos dele, de um jeito terno e doce, que apenas duas crianças seriam capazes de fazer, ao se afastar, Lucas estava com uma carinha de assustado.
- Você me beijou? – disse ele colocando os pequenos dedos sobre os lábios.
- Sim... – sorriu Samantha – Eu também gosto de você Lucas.
Lucas sorriu com o que Samantha disse:
- Você promete nunca me deixar? – perguntou ele.
- Eu prometo! – respondeu Samantha sorrindo.
E uma promessa foi feita naquele momento, uma promessa de um amor que poderia durar para todo sempre, e os dois permaneceram sentados ali, observando as ondas em suas rotineiras idas e voltas.


Tá, eu sei que isso ficou meio bobinho, ok ok muito bobo e meio seilá, mas enfim, ficou bonitinho, eu acho (ounão?), enfim... Eu não sei bem descrever um amor de crianças, ah que seja, é isso aí, beijinhos u_u' (Alguém, se ler, vai falar dos meus "enfim", mas tudo bem -kkk)

Discretamente Perigoso (Capítulo V)


- Com licença Peter! – disse Alice entrando na sala de Peter.
- Algum problema Alice? – a olhou.
- Sim! Eu quero começar a fazer as coisas do meu jeito! – disse ela séria.
- E que jeito seria o teu? – disse ele intrigado.
- Eu não quero mais ser a boa moça daquela faculdade e ser a garotinha que é ameaçada pelo mal da universidade, aquele garoto tem algo a ver com o desaparecimento de Dan, e eu vou descobrir qual o envolvimento dele nisso, mas não sendo uma boba. – disse ela decidida.
- Alice você não pode se arriscar dessa forma, ele pode descobrir e...
- Peter, ele já sabe! – o interrompe. – Ele sabe quem sou, ou melhor, quem eu não sou.
- Como? – disse Peter surpreso.
- Eu não sei como Peter, mas ele sabe, eu sei que sabe, e eu não vou mais ficar brincando de faz de conta com esse rapaz.
- É perigoso Alice, entenda! – disse ele se alterando um pouco.
- Eu não me importo! – grita ela. – Eu sei o quanto isso pode ser perigoso pra mim... – voltando ao normal – Mas eu tenho que fazer enquanto é tempo de recomeçar, de refazer e reavaliar, eu já me decidi, eu vou fazer as coisas como quero, você aceitando isso, ou não!
- Eu posso te por na rua garota! – disse ele sério.
- Coloque Peter, coloque, mas nem isso vai me impedir! Esse caso é meu, aqui dentro ou não, eu vou resolver esse caso. – disse ela séria, fazendo menção de sair da sala.
- Alice! – disse ele num tom grave.
- Sim Peter? – disse virando-se para ele.
- Eu gosto da tua determinação, da maneira como consegue ser decidida, você tem o meu apoio. – sorrio levemente.
- Obrigada Peter, é bom saber disso! – sem esboçar nenhum sorriso – Sabe onde está Raul?
- Em sua sala, acredito eu!
- Obrigada! – saindo da sala de Peter e indo em direção a sala de Raul.
Alice estava realmente decidida em relação ao que estava em sua mente, ela iria colocar aquele garoto contra a parede, iria descobrir o que estava por trás daquele desaparecimento, ela estava determinada.
- Com licença Raul! – disse colocando a cabeça para dentro da sala.
- Ah, entre Alice! – disse sorrindo ao olhá-la.
- Posso falar com você um instante? – disse ela entrando e fechando a porta.
- Claro que sim, está tudo bem? Parece um tanto quanto nervosa! – olhando-a.
- Sim, está, quer dizer não... Ah, eu não sei Raul! – disse se enrolando – Eu tomei uma decisão, acabei de sair da sala de Peter, e ele me apóia na minha decisão.
- Que decisão seria essa? – interessando-se.
- Eu não vou mais me passar pela aluna bobinha, eu vou colocar aquele garoto contra a parede, ele está envolvido nisso. – disse convicta.
- E como sabe disso? – com expressão confusa.
- Assim que saiu da minha sala quando estávamos conversando, eu recebi um telefonema e [...] – Alice contou todo o ocorrido do telefonema anônimo que havia recebido a Raul e o porquê de ter certeza que era ele.
- Alice... Você sabe o quanto isso pode ser perigoso não é? – disse Raul preocupado.
- Sim, eu sei Raul, e não me importo mais, eu quero desvendar tudo isso.
- Alice! Alice! – suspirou Raul e sorriu em seguida – Você sabe que eu vou estar aqui sempre que precisar. – esticou suas mãos segurando as dela sobre a mesa.
- Obrigada Raul, eu sabia que você não iria ir contra minha decisão. – sorriu ela, segurando as mãos dele também.
Os dois olharam-se cúmplices, sorrindo um ao outro, mais do que colegas de trabalho, eram grandes amigos [...]



Resolvi fazer um capítulo mais calminho, só pra deixar com um gostinho de “quero mais ação”, e nos próximos, aguardem que ação não vai faltar.

domingo, 18 de julho de 2010

Confusão

O tempo parece passar rápido demais, as coisas mudam numa freqüência que eu custo a conseguir acompanhar, é difícil, mas não depende muito da minha vontade, e essa história de querer voltar no tempo é tão desnecessária, faz com que deixemos de aproveitar o presente, mas eu não quero deixar de aproveitar o agora, mas jamais esqueceria o meu passado, que ainda é meu presente, eu jamais me esqueceria de você, que fez parte de muitos momentos marcantes da minha vida, 13 anos de amizade, isso não é pra qualquer um não é mesmo? Mas, tanto tempo tem uma explicação, a amizade é um amor que nunca morre, talvez seja essa a única explicação cabível para que nem mesmo os momentos ruins tenham feito com que a amizade viesse a acabar.
Os momentos ruins? Sim, esses eu quero esquecer, não quero guardar no meu coração as vezes que nós tivemos que ficar longe um do outro por coisas fúteis demais, mas que não pudemos ver no momento, as coisas realmente já não são como eram antes, afinal, as coisas sofrem mutação a cada dia que passa, mas eu não sei o que faria sem você, embora tudo esteja diferente, eu não poderia me esquecer do quão importante foi na minha vida, de quantas vezes me fez rir das tuas idiotices tão... Idiotas (?)
Por muitas vezes eu me perguntei o que eu seria capaz de fazer por você? E nessas muitas vezes eu respondi a mim mesma que eu seria capaz de fazer o que fosse por você, mas o tempo me mostrou que não seria justo eu fazer tudo por você, enquanto você estava distante demais de ao menos pensar em fazer simples coisas por mim, eu me questionei então se amizade não estava relacionado a dar sem esperar nada em troca, e a resposta veio de algum lugar que eu desconheço, me dizendo que eu estava me doando demais para alguém que não estava mais querendo receber, então eu entendi, e simplesmente passei a fazer por você, o pouco que você passou a fazer por mim, certo ou errado tal atitude? Eu não sei, afinal, seria egoísmo pensar um pouco em mim apenas?
Estamos distantes agora, eu sei, mas aqui no meu coração você ainda permanece perto, e nunca deixará de ser o meu grande amigo, histórias e momentos estão concretizados nas páginas da minha história, e não se engane, você fez, por muitos anos, grandes parágrafos nesse livro, e embora agora tenham se tornado parágrafos falhos e pequenos ao longo das minhas palavras, você ficou marcado em cada página e sem certeza alguma no que digo, estará marcado por todas as páginas dessa história.

Amor ou ódio?

Amor ou ódio? Afinal, qual é a diferença? Eu respondo... A diferença do amor e do ódio é que por ódio você mata... Por amor você morre! Isso soa tão forte não? Você mataria se sentisse muito ódio de alguém? Eu não mataria! Mas, eu morreria por amor; acredito que seja muito mais provável morrer por amor, do que matar por ódio, se sente mais intensamente o amor, o amor é um sentimento tão mais forte, mas... Esse intenso amor pode se transformar em ódio não? Logo, esse amor tão intenso se tornará um ódio intenso? Deus, que dilema!
Dizem que amor e ódio andam lado a lado, que quando se ama demais e se é magoado, todo amor vira ódio, será isso verdade?
Particularmente, eu nunca senti ódio de ninguém, sim, isso é verdade, até porque eu acho o ódio um sentimento tão traidor, ele mata a nós mesmos enquanto a pessoa por quem nós temos esse sentimento, simplesmente não se importa com isso, ainda mais matar por ódio? Não, isso seria terrível. No entanto eu já amei demais, já fui magoada demais, e isso sim, mágoa seria o certo para dizer que senti, e se isso me fosse questionado há alguns meses atrás, eu afirmaria com certeza que não morreria por amor, mas agora... Agora isso é totalmente contrário, a minha certeza me faz afirmar que eu morreria por amor, afinal, do que adiantaria viver sem a pessoa que é a tua vida? Isso ficou contraditório, não tem como viver sem sua vida certo? É, acho que sim, logo eu morreria por amor, porque o meu amor, é a minha vida, e sem a minha vida, não teria como e nem mesmo haveria sentido em viver.
E quanto ao ódio? Eu não vou dizer que nunca sentirei tal sentimento, apenas posso dizer que não o senti até então e nem quero, mas infelizmente sentimentos não dependem de vontade, eles apenas surgem de qualquer lugar dentro de nós e nos surpreendem, às vezes de um jeito bom, outros nem tanto, mas sei que assim como o amor o ódio é uma coisa completamente incontrolável que te faz agir por impulso e sem pensar, mas nem sempre irracionalmente, eu acho que estou falando besteira, eu não conheço o ódio, como posso falar dele? Eu não quero conhecê-lo, tampouco falar dele, o deixemos de lado então.
Amor? É, eu gosto do amor... Ele nos mata e nos faz continuar vivendo, assim como diria Mário QuintanaÉ tão bom morrer de amor e continuar vivendo”. Eu estou morrendo de amores, mas por você eu literalmente morreria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo IV)


Já no outro dia Alice estava na Unidade de Investigação conversando com seu amigo, que também era detetive, Raul, um rapaz também jovem, um pouco mais velho que ela, tinha 26 anos.
- Alice fica calma! Você ficar dessa forma não vai ajudar em nada, ele não pode fazer nada com você, ainda mais se ele realmente sabe de tudo, ele sabe que corre um grande risco se fizer alguma coisa. – disse Raul tentando tranquilizá-la.
- Eu não posso ficar calma Raul, não posso! – disse aflita, sentando em um sofá que tinha na sala – Ele me ameaçou, ele me dá medo, os olhos dele parecem que me matam apenas por me encararem – colocando as mãos sobre o rosto, e começando um choro incessante.
Raul aproximou-se dela, sentando-se em uma mesinha que havia em frente ao sofá, e ficou olhando-a.
- Alice! – chamou-a com voz firme.
Ela então tirou suas mãos do rosto, e olhou para ele, ainda chorando.
- O que? – disse chorosa.
- Eu odeio te ver chorar, portanto, acabe com suas lágrimas e escute! – disse olhando intensamente para ela, em seguida segurando suas mãos – Você não queria tanto uma investigação com tal grau de importância e, consequentemente, perigo? – disse ele calmo.
- Eu queria, é claro que eu queria Raul. – disse Alice se alterando um pouco e levantando-se do sofá, olhando pela janela – Mas John é completamente assustador. – sussurrou as últimas palavras.
Raul se levantou e colocou-se atrás de Alice, pousou uma mão em seu ombro e apertou como um gesto de carinho.
- Você quer desistir? – perguntou Raul, hesitante.
Alice se calou, e ficou olhando longe, instantes depois, baixou sua cabeça, fechando lentamente os olhos, ele então suspirou.
- Eu vou ver com Peter alguém que possa fazer isso no seu lugar. – disse Raul, dando um beijo cheio de afeto na cabeça de Alice, encaminhou para a porta, e antes mesma de abri-la ouviu a voz dela:
- Não! – disse ela levantando a cabeça, e virando-se para ele – Eu não quero desistir! – olhando-o – Se eu consegui essa investigação foi porque eu mereci, eu a conquistei, o meu esforço esses anos me fizeram chegar até aqui, e eu não vou perder essa chance por um medo idiota de um garoto que tão pouco sabe o que quer da vida! – disse Alice, firme e decidida.
Raul sorrio, e caminhou até ela.
 - Eu sabia que você não iria desistir tão facilmente. – deu um beijo terno na testa de Alice – Você conseguirá, nós confiamos em você. – piscou para ela e se retirou da sala, deixando Alice pensativa.
Seus devaneios são afastados pelo barulho do telefone.
- Unidade de Investigação! – atendendo o telefone.
- Alice? – pergunta a voz masculina, mas desconhecida, do outro lado.
- S-sim. – hesitante. – Quem fala?
- Eu não quero me identificar, se é que me entende, eu apenas quero falar uma coisa, que eu acho que pode te ajudar na tua busca.
- Claro, eu entendo. Pois bem, me diga então o que sabe? – interessando-se na conversa.
- Naquela festa aquela noite, eu vi o Dan conversando com um rapaz estranho, vi de longe, parecia que estavam discutindo, ou muito perto disso, eu apenas consegui ouvir uma frase, muito ameaçadora por sinal. – disse a pessoa nervosa.
- E que frase seria essa? – prestando atenção em cada palavra.
- Muitas pessoas já se arrependeram amargamente.
Alice então paralisou ao ouvir aquilo e seus pensamentos logo voltaram ao “primeiro” dia de aula.

- Tem algumas coisas que você precisa aprender sobre mim Ashley. – disse ele com tom de desprezo ao pronunciar o nome dela – Não fale comigo, a menos que eu puxe assunto com você, muitas pessoas já se arrependeram amargamente por quebrar essa regra. – disse ele cuspindo as palavras, quase gritando – Entendeu? – e finalmente sorrio, um sorriso sarcástico e sombrio.

- Alô? – Alice é tirada de seus pensamentos pela voz desconhecida.
- Sim, me desculpe. A sua informação pode nos ser muito útil. – disse Alice.
- Eu espero que seja. – logo ao terminar a frase, desligou, sem dar tempo de Alice responder.
Alice desligou o telefone, e se perdeu nos teus pensamentos, e só conseguia pensar no que aquele homem desconhecido havia lhe dito. – Então era por isso que ele estava tão aflito com essa busca? Por isso me perseguiu aquele dia? Mas o que Dan, um rapaz daquele porte iria estar fazendo, numa discussão com John? – Eram pensamentos que rondavam a cabeça de Alice, que nesse momento saiu em direção a sala de Peter [...]

Até onde vai o poder do amor?


Júlia estava sentada em sua janela, observando o dia, que estava nublado, mas não estava frio nem chovendo, seus pensamentos vagavam, e se lembrava de quantas juras de amor já fizera:
- Será que você está pensando em mim também? – sussurrou olhando para o horizonte.

Do outro lado da cidade, em uma sacada de um simples apartamento, estava Lúcio, com uma fotografia na mão, observando-a:
- O que será que estas fazendo nesse momento? – disse para si mesmo, suspirando em seguida.

- Eu não posso deixar tudo terminar assim! – disse Júlia, saindo de sua janela e indo até o seu closet, escolheu uma roupa nem tão formal, mas não muito básica, trocou de roupa, se maquiou, prendeu os cabelos em um “rabo de cavalo”, pegou sua bolsa e saiu em direção à porta de sua casa, pegou as chaves do carro, e caminhou a passos largos até o carro.

Lúcio estava deitado no sofá, vendo uma programação qualquer de domingo à tarde, até que houve sua campanhia tocar.
- Quem será logo hoje? – levantou-se do sofá resmungando, e caminhou até a porta, abrindo-a – Você? – disse surpreso.
- Sim, atrapalho? – disse Júlia serenamente.
- Não, claro que não! – se apressou em dizer – Entre! – dando passagem à ela, e em seguida fechando a porta – Então... O que a traz aqui? – olhando-a.
- Você! – disse olhando-o.
- Eu?
- Sim, você Lúcio.
- Você... Pode me explicar? – com uma cara confusa.
- Claro! – diz Júlia, dando uma leve risada da cara que ele havia feito – Lúcio, por que as coisas entre nós dois terminaram? – disse, voltando a ficar séria.
- Nossas brigas intermináveis, nossos desentendimentos por qualquer besteira. – respondeu-lhe Lúcio.
- Exatamente! Deixamos o nosso casamento de 5 anos terminarem por causa de brigas e desentendimentos, por besteiras, certo?
- Certo, mas, aonde quer chegar com isso?
- Eu quero chegar ao nosso amor. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Nosso amor? – perguntou sem entender.
- Sim Lúcio, o nosso amor. – disse ela se aproximando dele – Nós deixamos todas as bobagens serem maiores do que sentimos um pelo outro, deixamos com que as brigas destruíssem o que nós levamos anos para construir, e nós o que fizemos? Não fizemos nada, apenas deixamos tudo acontecer de braços cruzados.
- O que poderíamos ter feito Júlia? Tudo estava desandando, tudo entre nós parecia dar errado, tudo era motivo de briga.
- Poderíamos não ter feito muita coisa, poderíamos ter feito muitas coisas, aliás, Lúcio você ainda me ama com a mesma intensidade de antes? – perguntou Júlia.
- Eu surpreendentemente ainda te amo a cada dia mais Júlia, eu acho que vai ser sempre assim, o meu sentimento por você nunca foi pouco. – disse ele com certeza.
- Eu também te amo Lúcio! E diante disso, o que nos impede de recomeçar? De zerar tudo e tentar construir tudo o que tínhamos?
- Mas Júlia... – disse ele.
- Nada de “mas” Lúcio – interrompe-o ela – Nós poderíamos deixar tudo como está e nos tornar dois desconhecido e entrar para a lista de mais um casamento vencido pelas brigas idiotas, mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos.
Lúcio ficou em silêncio por alguns segundos.
- E se não der certo? E se nos machucarmos de novo? Se tudo continuar a ser como antes? – disse ele.
- Se. Se. Se. Lúcio, eu não quero pensar em se as coisas vão dar certo ou não, porque elas só vão continuar como antes se nós dois deixarmos, eu quero viver o presente, eu quero viver o agora e construir o futuro que sempre sonhamos. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Júlia... Eu te amo, eu realmente te amo como eu jamais irei conseguir amar outra pessoa, mas na, eu não posso nos dar a oportunidade de nos machucar novamente. – disse ele com pesar.
- Não pode... – disse Júlia balançando a cabeça lentamente, e sentindo as lágrimas inundarem seus olhos – Eu apenas queria que se concentrasse no presente assim como eu estou querendo fazer, mas se o teu amor não é o suficiente para assumir comigo essa luta, eu infelizmente não posso fazer nada. – disse amargamente.
- Não Júlia, o meu amor seria capaz de fazer muitas coisas, ele só não é capaz de te machucar ainda mais. – suspirando.
Ela olhou-o com um tanto de desprezo, e caminhou até a porta, abrindo-a, antes de sair, de costas para Lúcio, disse:
- Se algum dia você perceber que o nosso amor poderia superar qualquer coisa, lamente-se muito, porque embora eu te ame demais, eu não irei esperar alguém que não é capaz de lutar por nós dois. – disse com voz chorosa e saiu, batendo a porta.
Lúcio ouviu, e ficou olhando a porta bater, sem nenhuma reação, e apenas sussurrou pesaroso “eu te amo Júlia!”.

Depois desse dia minha vida nunca mais seria a mesma.” Pensou Júlia ao entrar no elevador, e sentiu as lágrimas molharem o seu rosto, encostou-se e desceu até o chão se deixando cair em um choro incessante.
- Eu só queria estar com você novamente, mas eu não vou mais viver como alguém que só espera um novo amor. Eu vou viver a minha vida, com ou sem você. – disse decidida, secando suas lágrimas, saindo do elevador e caminhando até o teu carro.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo III)


Alice estava caminhando em direção à sua casa após ter saído da Universidade, e estava no celular com o seu chefe:
- Peter eu não sei por quanto tempo eu irei conseguir permanecer com isso. – disse numa mistura de decepção e desespero.
- Você tem que conseguir Alice, é a nossa única chance de conseguir descobrir alguma coisa, não temos nenhuma outra arma, não temos pistas, ninguém da festa viu nada, e se viram não querem falar. Você consegue, eu sei que consegue, nós estamos com você. – disse Peter do outro lado com um tom duro, mas ao mesmo tempo consolador.
Alice suspirou pesarosa, e por um momento sentiu a presença de alguém, e virou-se rapidamente para trás, mas não havia ninguém, olhou para os lados, procurando algum vestígio, mas não havia nada, começou a caminhar mais rapidamente.
- Alice? – disse Peter do outro lado da linha.
- Sim? Desculpe-me Peter, tive a sensação de que tinha alguém perto, mas acho que foi só minha impressão. Enfim... Eu irei prosseguir, eu irei tentar. – suspirou.
- Não se preocupe Alice, você pode fazer isso. – disse Peter.
- Está bem, obrigado Peter. Até logo! – disse Alice desligando o celular.
A casa de Alice era um tanto quanto afastada de tudo, morava em um apartamento num bairro de classe média da cidade, e já era fim de tarde, estava começando a escurecer, ainda tinha a sensação de estar sendo seguida, caminhava rápido e olhando para todos os lados, mas de repente, sentiu uma mão sobre sua boca e um braço envolta de si a carregando para um “beco” que havia ali perto, não pode fazer nada além de se debater e tentar gritar, mas o braço que a prendia era forte demais, ela não teria nenhuma chance, e então sentiu tudo escurecer, e o desespero tomou ainda mais conta de si, foi encostada na parede, e ficou encurralada entre os braços, que entre um fio de luz que passava ali pode ver a sombra dos olhos, de John, o olhou nos olhos, e como sempre acontecia quando fazia isso, sentiu o ar lhe faltar, e não conseguiu dizer nenhuma palavra.
- Olá Ash! – disse John, como sempre, sarcasticamente.
- O-oi! – disse Alice gaguejando e tentando sorrir, sem sucesso.
- Está com medo de mim? – soltou uma risada sombria.
Alice sentiu as pernas bambearem, e quase sentiu o corpo desfalecer ali, mas se esforçou para manter-se firme.
- N-não John. – disse ela tentando ser o mais convincente que podia – Só estou assustada ainda por você ter chegado assim, de repente. – forçando um sorriso.
- Ah! Desculpe-me Ash, não foi minha intenção assustá-la. – sarcástico.
- O que você quer John? – perguntou Alice finalmente, se esforçando para ser dura e firme.
O olhar de John escureceu ainda mais, seu semblante endureceu, e o silêncio a pode deixar escutar os dentes dele cerrarem com força.
- Eu quem pergunto o que você quer Ashley? Você se acha esperta demais não é? – disse John entre os dentes, com raiva.
- Eu não quero nada John, eu não sei por que você está falando desse jeito e fazendo tudo isso, eu apenas queria fazer amizade com você hoje, não sabia que falar com você causaria tudo isso. – disse Alice assustada com toda a situação.
John soltou uma sonora gargalhada sarcástica, e voltou seu olhar duro para os de Alice.
- Você poderia ser atriz sabia? Você quase conseguiu me comover com tudo isso, quase. – deu ênfase ao “quase” e continuou – Você realmente não sabe onde está se metendo, você não é tão esperta quanto pensa, mas eu vou te dar um aviso. – olhou-a profundamente nos olhos, como se a pudesse manipular dessa forma – A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela. – disse quase num sussurro da forma mais calma que ela vira desde que o conhecera – A verdade será muito bela para mim, mas para você e muitas outras pessoas, ela seria e será muito terrível. – disse sombriamente e, em seguida, sorrio sarcástico.
Alice precisou de muito esforço para encontrar novamente o seu ar, e respirou fundo, buscando forças para respondê-lo, na verdade:
- Por que está me dizendo isso? – perguntou Alice.
- Você sabe melhor do que eu Ash, você sabe. – afastando-se dela - Mas não se preocupe, eu não vou atrapalhar em nada, a menos que isso comece a me incomodar, o que já está acontecendo. – deu uma risada sombria, e caminhou para fora do beco – Tchauzinho Ash. – disse sarcasticamente, acenando sobre os ombros.
Alice ficou olhando a sombra de John ir embora, e ficou por longos minutos sem ação.
- Ele sabe! – foi apenas o que pode dizer [...]