quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mãe


Ou “mamãe”, era assim que começavam as minhas cartas há um tempo atrás se lembra? Naquelas folhas coloridas, amarela, rosa, azul, verde, e em nenhuma delas faltava esses versos:

Eu tenho tanto, pra lhe falar, mas com palavras, não sei dizer, como é grande, o meu amor... Por você [...]

Era fato que eles sempre estavam presentes em cada carta, primeiro porque esses versos são de seu ídolo, Roberto Carlos, segundo porque eles dizem tudo e qualquer coisa, sem que fosse necessário eu dizer mais alguma palavra.
O tempo passou, muito tempo passou, eu cresci, e você disse que eu já não era mais a sua menininha, mas isso não é verdade, eu sempre serei a sua menininha, não importa com quantos anos eu esteja, quantos amigos eu tenha, novos ou velhos, eu sempre vou ser aquela menininha que não saia de perto de você nem mesmo por um momento, e que mesmo em silêncio, tentou te dar forças em todos os momentos que você precisou.
Se lembra daquela garotinha que tantas vezes você superprotegeu? Ela cresceu, mas você ainda a superprotege, e isso, será que algum dia vai mudar? Eu espero que não.
E hoje, dia 28 de julho de 2010, é o seu dia. As pessoas costumam dizer que ninguém é perfeito, mas eu discordo, discordo completamente de tal afirmação, você é perfeita, eu poderia passar horas e horas, isolada do mundo, com o pensamento focado em encontrar algum defeito que seja para você, e então, eu poderia encontrar a superproteção, mas como pode ser um defeito quando você está fazendo isso por amor aos teus filhos? Como amar incondicionalmente poderia ser defeito? Eu poderia encontrar o silêncio quando deveria falar, mas como posso dizer que isso é um defeito se o silêncio evita o pior? Eu poderia ficar horas, e horas vagando por esses mesmos pensamentos, mas seria inútil, seria em vão, qualquer coisa que alguém ou até eu mesma ousasse apontar como defeito, não seria nem por um momento aceitável, eu diria que seria injusto, e pensando nisso, logo eu desisto de tentar encontrar isso, de qualquer forma, isso não faria sentido.
E então, eu poderia começar a pensar em todas as tuas qualidades, mas isso seria tão irracional sabia? Porque você simplesmente consegue ser tudo! Incrivelmente você consegue tornar todas as dificuldades em momentos tão fáceis, você faz a minha insegurança ir embora, porque eu sei que você vai estar do meu lado sempre, pra tudo e qualquer coisa, quando estou com medo, os seus braços me acalmam de uma forma tão carinhosa.
Falar pra você, e de você, é lembrar de afeto, carinho, e o mais puro e verdadeiro amor que possa existir.
Eu ouço tanto por aí “a minha mãe é insuportável”, “a minha mãe é muito chata”, “a minha mãe me enche o tempo todo”, “a minha mãe é isso e aquilo”, enfim... Tantas reclamações, tantas críticas, tantos xingamentos, e fico me perguntando onde está o problema será que nos filhos ou será que, além de qualquer clichê que exista por aí, eu tenho a melhor mãe do mundo? Então, eu ainda fico com a segunda opção, e ainda que digam que não, pra mim você é, e sem nada mais a dizer, me resta a dizer, o que eu sempre dizia nos finais daquelas cartas, aquelas mesmas com os papéis coloridos...

Obrigada por existir!


Com todo amor que houver nessa vida,
Christine Geraldo Wengrzynek.



Essa é uma carta real, que eu realmente entreguei pra minha mãe, porque ontem foi aniversário dela *-* e hoje mais do que nunca ela merece cada palavra escrita aí.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dilema

Á favor e contra. Sim... Eu não tenho apenas uma visão em relação a isso, até porque a meu ver, isso é um tanto quando difícil.
Então, primeiramente, vamos aos prós. Você acredita que um tapa vá tornar alguém obediente e educado? Não, não vi... Vai deixar esse alguém com medo de você, e com isso vai criar a impressão de que está adiantando, mas não se engane, não está, medo é bem diferente de obediência. E mais? Em sua grande maioria a violência vem de onde? Tem inicio onde? Exatamente, em casa. Se uma criança apanha de seus pais, de fato será assim que castigará seus futuros filhos, não quero generalizar, então na grande maioria dos casos são assim. Crianças crescem dentro de um mundo violento, e então criam um pensamento, uma visão violenta; acredito e espero que com essa proibição isso melhore muito, já que, indo agora aos contras, isso é realmente desnecessário, melhor dizendo, não é prioridade em um Brasil que está precisando de leis realmente relevantes, que mudem toda essa bagunça, que seja de total precisão para com todos. O nosso país anda banalizando leis, autoridades estão usando do seu poder para criar leis desnecessárias apenas pra dizer que estão fazendo algo, que estão pensando na população, quando na verdade estão pouco se importando com todos, estão tentando com isso ocultar as suas falhas e roubalheiras incessantes, buscando esconder toda podridão escondida atrás de palitos e gravatas, escondendo incessantemente a hipocrisia de suas preocupações com o mundo.
Diante de tais visões, não posso me colocar contra nem a favor dessa lei, apenas posso esperar que ela surta efeitos, para que de alguma maneira a hipocrisia faça algum sentindo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo VI)


No outro dia pela manhã, Alice chegava à faculdade, estava com o olhar atento para todos os lados, já se sentia mais segura ao andar pelos corredores e eles não pareciam mais tão longos como no primeiro dia. Estava chegando a sua sala, quando ouviu uma voz já conhecida por ela, e em uma ação involuntária de seu corpo, ela parou ao lado da porta.
-... Já disse pra que você não me ligasse esse horário, você sabe o quanto é arriscado, ainda mais agora e você sabe o motivo. – disse John, baixo e fez-se silêncio.
- Não me liga mais, quando eu necessitar da tua ajuda, eu ligo, do contrário não me ligue! – disse John grosseiro, em seguida desligando o celular.
Nesse mesmo instante, Alice, entra na sala e olha para John, dando um sorriso misturado de sarcasmo e simpatia, John a olha, sério, a fulminando com os olhos. Ela senta-se no seu lugar, e no decorrer da aula seus pensamentos ficam longe tentando de alguma forma se concentrar para colocar em prática os planos que rondavam seus pensamentos, até que é despertada pelo irritante sinal. Todos se retiram da sala, exceto ela e John, como já havia virado rotina.
- John, as coisas são tão engraçadas não acha? – disse ela com um tom divertido ao mesmo tempo em que se levantava de sua cadeira e ia em direção a ele.
- Por que diz isso querida Ash? – disse ele sarcástico.
Ela sorrindo divertida, colocou-se a frente dele, apoiando suas mãos em sua mesa, e olhando-o nos olhos.
- Porque é como se as coisas estivessem nesse momento se encaixando, e pra isso eu não tenha feito simplesmente nada. – com o mesmo tom.
- Que coisas estão se encaixando? – disse ele ficando com uma expressão dura.
- Não seja ingênuo querido! – disse Alice com sarcasmo – Nós dois sabemos o que está acontecendo por aqui hum? Não precisa ficar com medo! – voltando ao tom divertido.
- Com quem pensa que está falando? – gritou ele.
Alice assusta-se um pouco com essa ação inesperada, mas não desiste.
- Está ficando assustado John? As coisas estão ficando ruins para o teu lado querido? – disse ela com sarcasmo.
- Quem você pensa que é para falar nesse tom comigo? Você não sabe com quem está lidando! – disse ele nervoso, e ficando em pé – Eu posso acabar com você garotinha! – ameaçador.
- Você quem não sabe com quem está lidando garoto! – disse Alice ficando séria – Eu vou te avisar uma coisa, daqui pra frente tudo vai ser diferente, já chega de brincar de lobo-mau, a brincadeira acabou! – olhando-o profundamente.
- Eu deveria ter medo de você? – disse debochado.
- Responda isso você mesmo, agora o jogo vai começar pra valer garoto, seremos apenas eu e você! – disse ela decidida, e logo em seguida ouve-se mais uma vez o sinal, e todos começam a retornar as suas salas.
Alice sem tirar seus olhos dos dele, volta para seu lugar, sentando-se. A aula passa arrastando-se, e Alice inquieta, esperando ansiosamente pelo fim, sabendo o que viria, e depois de horas, o sinal finalmente toca, ela se levanta, e sai da sala sem olhar para John.
A caminho de sua casa, mais uma vez sente que está sendo seguida, mas dessa vez, ela sorri vitoriosa, e acelera os passos, pura e simplesmente por ansiedade. Passando por uma rua mais escura, ela sente mãos a segurando novamente e a levando para um lugar ainda mais escuro, ela sabia bem quem era, ao ser encostada na parede e sentir braços a prendendo.
- Eu estava esperando por você, John! – disse ela com um sorriso sarcástico no rosto.
- Quem é você afinal? Me diga! Quem é você de verdade? – disse John gritando.
Alice soltou uma gargalhada divertida, em seguida colocando uma mão sobre o peito dele e o empurrando para trás, fazendo com que ele se encostasse na parede dessa vez.
- Por que está tão nervoso garoto? Poderia até me arriscar a dizer que está com medo. – disse ela ainda rindo.
- Não estou com medo, mas você sim deveria estar! – disse ele ameaçador.
- Sabe John... – disse Alice, aproximando-se do rosto dele, ficando com sua boca a poucos centímetros da dele – até agora só me fez ameaças e mais ameaças, eu não creio que você seja tão perigoso quanto quer ser. – disse ela sussurrando, com uma voz um tanto quanto sedutora.
John cerrou os dentes com força, engoliu a seco, esquecendo-se de respirar por alguns minutos.
- O que está tentando fazer? – disse ele ofegando um pouco.
Alice sorriu de lado, aproximou seus lábios da orelha de John.
- Tentando? Nada querido John! Eu apenas faço, ajo, ao invés de apenas fazer ameaças... – sussurrou ela suavemente, ao mesmo tempo em que deixava sua mão deslizar pelo peitoral de John, até o cós de sua calça, sorrindo com maldade ao escutar ele ofegar – e sabe o que é melhor de tudo isso? Mesmo começando a jogar mais tarde do que você, eu já estou ganhando! – disse isso e em seguida mordeu levemente o lóbulo da orelha dele, se afastando e olhando-o. Soltando uma gargalhada assim que o olha, olha em seus olhos, sorrindo divertida e vitoriosa.
- Algum problema querido? – sarcástica.
- N-nã-não! – gagueja ele, respirando fundo tentando encontrar o ar que lhe fugiu – Você está brincando com fogo. Se você quer jogar, nós vamos jogar! – disse ele a fulminando com os olhos pela segunda vez no dia, com tom ameaçador.
- John... – ri Alice – Antes de começar a jogar, acho que você deveria ir pra casa, tomar um banhozinho gelado! – dando uma piscadinha para ele, e saindo dali – Bye bye querido! – sarcástica, disse já um pouco distante.
John a olhando de longe, ainda estava meio extasiado, porque ele não poderia ser louco de negar, era uma mulher linda e atraente demais.
- Isso não vai ficar assim! – foi apenas o que disse [...]

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Direito à vida

Falar sobre o aborto é realmente delicado. Há os que apóiam o aborto, os que apóiam apenas em caso de estupro, e ainda há quem seja totalmente contra. E eu faço parte das pessoas que são totalmente contra.
Acredito que qualquer que seja a hipótese a criança não tem absolutamente culpa nenhuma, e não pode pagar por um erro ou um “acidente”.
E então me perguntam “Como você é contra o aborto em caso de estupro?”, me julgam por isso, mas como eu posso ser a favor de algo que está acabando com uma vida? A criança não tem culpa de nada do que aconteceu, claro, podem dizer que a mãe também não, com toda a certeza, mas pagar com a vida de alguém completamente inocente, que é apenas um minúsculo pedaço de gente, não é justo, não é algo que esteja dentro do meu conceito de aprovação. E então, mais uma pergunta surge na cabeça de vocês nesse momento, “Como essa criança vai viver com essa marca na tua vida?”, e então eu quem pergunto, pra que existem mães? Se as mães existem para proteger seus filhos, como ela vai matá-lo? E mais perguntas surgem, “Como a mãe vai olhar para a criança e não se lembrar de como ela passou a existir?”, psicólogos, existem para que? E muitas outras perguntas surgem para tal defensora de “totalmente anti-aborto”, e se necessário, respondo a todas, sem exceção. No entanto, ainda sendo contra o aborto mesmo nesses casos, é um tanto quanto aceitável quando decidem abortar por isso, apenas por isso.
Um pequeno ser humano, que nem ao menos sabe o que é, tem o direito à vida e jamais teria que pagar por erros, acidentes ou loucuras de qualquer pessoa, podem existir um, dois ou três culpados, mas jamais fazer um bebê pagar por isso.
Já pararam pra pensar o quão frio é isso? Essa criança não pediu pra nascer, essa criança não pediu para vir ao mundo, então não a mate, não a puna.
O mais incrível de tudo isso é saber que alguém ainda consegue deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente depois de ter matado alguém, depois de ter matado uma pessoa que nem sequer teve como se defender de tal crueldade.



Eu sei que assim que terminarem de ler esse texto, muitos julgamentos virão, e acho que assumi esse risco ao expor essa opinião sobre esse assunto que é realmente difícil de se tratar, mas assim como você tem a sua opinião, eu tenho a minha, então... Citei sobre as perguntas ali em cima, então, se tiverem perguntas em relação a essa minha visão, podem perguntar, que eu vou responder.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Afinal, se discute ou não?

Na teoria, com toda certeza, gosto não se discute, mas na prática... As coisas não são bem assim não é verdade? Mas também não é verdade que devemos respeitar os gostos de cada pessoa independente se nos agrada ou não? Claro, é bem verdade, mas então porque isso não acontece? São muitas perguntas para poucas respostas não é?
Mas quem somos nós para julgar quem o faz? Quem nunca se “revoltou” pelo gosto de outra pessoa? Se disser que não, estará mentindo, porque pode ter sido em uma coisa muito pequena, mas que já julgaram alguém por seus gostos, já fizeram sim.
Como disse, eu não sou uma exceção desse todo que já julgou, eu já julguei, já ri, já discuti, no entanto, eu realmente acho isso muito errado, até porque eu nunca gostei quando julgaram os meus gostos; e acredito que esse tal gosto discutível se deve em sua maioria à música, estou errada? A meu ver, as pessoas discutem mais seus gostos musicais do que outras coisas, e por quê? Se você não gosta de pagode, por que outra pessoa não pode gostar? Se você acha o Justin Bieber uma criança que não sabe cantar, porque outra pessoa não pode achar ele lindo e que ele canta super bem? Mas, nós julgamos, mesmo sendo errado, não queremos ver pessoas que nos rodeiam gostando do que não suportamos, não é assim? E então, mais uma pergunta, e o respeito? É ruim falar, mas ele se extingue nessas horas, simplesmente agimos por conta do que nós gostamos e esquecemos que outros têm total liberdade de gostar do que quiserem.
Agora vamos a um “exercício de reflexão”, se você gosta muito de uma banda, de um ator, ou do que seja, e alguém, chega pra você e diz que não gosta dessa banda, ator, etc. e fala um monte, você iria gostar? Acredito que não certo? Por fim, isso acabaria numa discussão totalmente sem fim, sem dúvidas, porque ninguém iria ceder; então, diante disso, por que nós então fazemos o mesmo com outra pessoa? Por que julgamos o que as pessoas gostam, e muitas vezes discutimos isso, quando nos irritamos e até mesmo nos chateamos quando fazem isso com a gente? Por que insistimos em fazer com o outro o que não gostamos quando fazem com a gente?



Não vou fazer uma “conclusão” desse texto, eu deixo a critério de vocês tal “exercício de reflexão”, pensem nisso, muitas coisas poderiam ser melhores se antes de fazermos algo, pensássemos ou ao menos nos colocássemos no lugar da outra pessoa .-.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Parts of me

Poderia falar de tantos amigos agora, hoje em especial, afinal, é 20 de julho, dia do amigo não é mesmo? Eu busquei o mais especial, mas não há, eu busquei o mais importante, mas também não há, todos são especiais e importantes do seu jeito, existem os que são os melhores. No entanto, não existe um único, eu não posso falar de um sem me lembrar de outro, por esse motivo, eu vou falar unicamente para todos vocês.
Na minha vida eu sempre busquei encontrar o melhor nas pessoas sem perceber que elas eram o melhor, e você me fez enxergar o melhor que tinha em você, me fez enxergar o essencial que tinha em você, o teu coração, que me acolheu dentro dele, assim como eu acolhi você dentro do meu. Você não quis me escutar quando eu disse que com você eu poderia viver os melhores e mais intensos momentos da minha vida, e assim foi, assim está sendo, e em nenhum momento eu pensei em desistir da sua amizade.
Eu queria poder dizer cada felicidade que me trouxe, mas eu não poderia limitar tal sentimento a meras palavras, não seria justo eu descrever um sentimento indescritível, talvez os meus olhos, ao colocar essas meras palavras aqui, estejam transmitindo imagens de cada momento ao seu lado, de cada sorriso dado com você, de cada risada, de cada lágrima derrubada no teu ombro, de cada lágrima sentida molhando o meu ombro, de cada abraço apertado, de cada discussão boba, de cada briga que durou dias ou meses, de cada simples momento; na minha lembrança e no meu coração há cada um desses momentos, detalhadamente guardados dentro, e talvez você esteja um pouco longe, mas a distância não seria capaz nem por um momento de me fazer deixar de lembrar de você, talvez estejamos muito perto, e então as lembranças seguem vivas, seguem acontecendo a cada dia que passa.
Eu não quero me limitar ao falar da sua amizade, e tampouco me limitar a falar do meu sentimento por você. Seria demais se eu dissesse que eu seria capaz de dar a minha vida por você? Seria demais se eu dissesse que seria capaz de sofrer no seu lugar? Sendo demais ou não, sim, eu seria capaz... Seria, porque a sua amizade é o que há de mais importante, acima de qualquer coisa a amizade estará aqui dentro de mim.
Eu sei que tudo isso não passa de palavras, mas em cada letra há um intenso sentimento de amor, afeto, carinho, amizade, compreensão, sorrisos, risos, abraços calorosos, brincadeiras inesquecíveis, cumplicidade, e se nesse momento me pedissem pra escolher entre a minha vida e a tua, eu com certeza escolheria a tua, porque sem você na minha vida, faltaria sentido, e se fosse preciso por você eu faria isso mil vezes, e essas são apenas palavras sinceras de um coração que transborda alegrias por ter você ao meu lado.


Esse texto não está direcionado a um(a) amigo(a) apenas, e sim a todos, e eu não vou dedicar aqui agora a eles, porque eu poderia esquecer de citar algum deles, e isso não seria legal, no entanto, cada um deles se ler, vai saber que é pra ele também, porque, sem exceções, todos eles sabem da importância que têm pra mim. Então, eu dedico sim esse texto a todos vocês meus melhores amigos, feliz dia do amigo (à todos, não só à eles u_u)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Inocente amor

Lucas e Samantha eram duas crianças de aproximadamente 8 anos, crianças demais para entender muitas coisas da vida, mas de uma coisa eles já entendiam, já entendiam o que é sentir o amor.
Moravam os dois, próximo a praia, e era um dia quente, mas sem sol, estavam sentados a beira mar.
- Você é muito bonita sabia Sam? – disse Lucas baixinho.
- Obrigada! – disse Samantha envergonhada, olhando para o lado.
Os dois ficaram em silêncio por um momento, e sorrateiramente, Lucas aproximou sua mão da de Samantha, e segurou-a levemente, sem olhá-la sorrio timidamente, Samantha riu baixinho, e continuou a olhar as ondas que vinham até os seus pés, e voltavam para o mar.
- Será que um dia nós também vamos embora? Assim como as ondas? – disse Samantha.
- Eu não quero ir embora Sam, eu tenho medo! – disse Lucas.
Ela então olhou para ele com uma expressão de dúvida, ficou olhando-o por uns instantes e perguntou:
- Do que você tem medo Lucas?
Ele estava de cabeça baixa, e balançou a cabeça levemente ao ouvi-la perguntar.
- Você não quer me falar? É um segredo? – disse ela inocentemente.
- Sim! – disse Lucas, levantando a cabeça e olhando para ela.
- Você tem um segredo? – disse ela.
- Eu tenho! – disse ele envergonhado.
- Qual é o teu segredo? Do que você tem medo? – disse ela olhando diretamente para ele.
- É que Sam... Eu gosto de você... – disse ele baixinho – E eu tenho medo de ficar longe de você! – com o rosto corado.
Samantha ficou olhando pra ele, e então se aproximou e selou seus lábios nos dele, de um jeito terno e doce, que apenas duas crianças seriam capazes de fazer, ao se afastar, Lucas estava com uma carinha de assustado.
- Você me beijou? – disse ele colocando os pequenos dedos sobre os lábios.
- Sim... – sorriu Samantha – Eu também gosto de você Lucas.
Lucas sorriu com o que Samantha disse:
- Você promete nunca me deixar? – perguntou ele.
- Eu prometo! – respondeu Samantha sorrindo.
E uma promessa foi feita naquele momento, uma promessa de um amor que poderia durar para todo sempre, e os dois permaneceram sentados ali, observando as ondas em suas rotineiras idas e voltas.


Tá, eu sei que isso ficou meio bobinho, ok ok muito bobo e meio seilá, mas enfim, ficou bonitinho, eu acho (ounão?), enfim... Eu não sei bem descrever um amor de crianças, ah que seja, é isso aí, beijinhos u_u' (Alguém, se ler, vai falar dos meus "enfim", mas tudo bem -kkk)

Discretamente Perigoso (Capítulo V)


- Com licença Peter! – disse Alice entrando na sala de Peter.
- Algum problema Alice? – a olhou.
- Sim! Eu quero começar a fazer as coisas do meu jeito! – disse ela séria.
- E que jeito seria o teu? – disse ele intrigado.
- Eu não quero mais ser a boa moça daquela faculdade e ser a garotinha que é ameaçada pelo mal da universidade, aquele garoto tem algo a ver com o desaparecimento de Dan, e eu vou descobrir qual o envolvimento dele nisso, mas não sendo uma boba. – disse ela decidida.
- Alice você não pode se arriscar dessa forma, ele pode descobrir e...
- Peter, ele já sabe! – o interrompe. – Ele sabe quem sou, ou melhor, quem eu não sou.
- Como? – disse Peter surpreso.
- Eu não sei como Peter, mas ele sabe, eu sei que sabe, e eu não vou mais ficar brincando de faz de conta com esse rapaz.
- É perigoso Alice, entenda! – disse ele se alterando um pouco.
- Eu não me importo! – grita ela. – Eu sei o quanto isso pode ser perigoso pra mim... – voltando ao normal – Mas eu tenho que fazer enquanto é tempo de recomeçar, de refazer e reavaliar, eu já me decidi, eu vou fazer as coisas como quero, você aceitando isso, ou não!
- Eu posso te por na rua garota! – disse ele sério.
- Coloque Peter, coloque, mas nem isso vai me impedir! Esse caso é meu, aqui dentro ou não, eu vou resolver esse caso. – disse ela séria, fazendo menção de sair da sala.
- Alice! – disse ele num tom grave.
- Sim Peter? – disse virando-se para ele.
- Eu gosto da tua determinação, da maneira como consegue ser decidida, você tem o meu apoio. – sorrio levemente.
- Obrigada Peter, é bom saber disso! – sem esboçar nenhum sorriso – Sabe onde está Raul?
- Em sua sala, acredito eu!
- Obrigada! – saindo da sala de Peter e indo em direção a sala de Raul.
Alice estava realmente decidida em relação ao que estava em sua mente, ela iria colocar aquele garoto contra a parede, iria descobrir o que estava por trás daquele desaparecimento, ela estava determinada.
- Com licença Raul! – disse colocando a cabeça para dentro da sala.
- Ah, entre Alice! – disse sorrindo ao olhá-la.
- Posso falar com você um instante? – disse ela entrando e fechando a porta.
- Claro que sim, está tudo bem? Parece um tanto quanto nervosa! – olhando-a.
- Sim, está, quer dizer não... Ah, eu não sei Raul! – disse se enrolando – Eu tomei uma decisão, acabei de sair da sala de Peter, e ele me apóia na minha decisão.
- Que decisão seria essa? – interessando-se.
- Eu não vou mais me passar pela aluna bobinha, eu vou colocar aquele garoto contra a parede, ele está envolvido nisso. – disse convicta.
- E como sabe disso? – com expressão confusa.
- Assim que saiu da minha sala quando estávamos conversando, eu recebi um telefonema e [...] – Alice contou todo o ocorrido do telefonema anônimo que havia recebido a Raul e o porquê de ter certeza que era ele.
- Alice... Você sabe o quanto isso pode ser perigoso não é? – disse Raul preocupado.
- Sim, eu sei Raul, e não me importo mais, eu quero desvendar tudo isso.
- Alice! Alice! – suspirou Raul e sorriu em seguida – Você sabe que eu vou estar aqui sempre que precisar. – esticou suas mãos segurando as dela sobre a mesa.
- Obrigada Raul, eu sabia que você não iria ir contra minha decisão. – sorriu ela, segurando as mãos dele também.
Os dois olharam-se cúmplices, sorrindo um ao outro, mais do que colegas de trabalho, eram grandes amigos [...]



Resolvi fazer um capítulo mais calminho, só pra deixar com um gostinho de “quero mais ação”, e nos próximos, aguardem que ação não vai faltar.

domingo, 18 de julho de 2010

Confusão

O tempo parece passar rápido demais, as coisas mudam numa freqüência que eu custo a conseguir acompanhar, é difícil, mas não depende muito da minha vontade, e essa história de querer voltar no tempo é tão desnecessária, faz com que deixemos de aproveitar o presente, mas eu não quero deixar de aproveitar o agora, mas jamais esqueceria o meu passado, que ainda é meu presente, eu jamais me esqueceria de você, que fez parte de muitos momentos marcantes da minha vida, 13 anos de amizade, isso não é pra qualquer um não é mesmo? Mas, tanto tempo tem uma explicação, a amizade é um amor que nunca morre, talvez seja essa a única explicação cabível para que nem mesmo os momentos ruins tenham feito com que a amizade viesse a acabar.
Os momentos ruins? Sim, esses eu quero esquecer, não quero guardar no meu coração as vezes que nós tivemos que ficar longe um do outro por coisas fúteis demais, mas que não pudemos ver no momento, as coisas realmente já não são como eram antes, afinal, as coisas sofrem mutação a cada dia que passa, mas eu não sei o que faria sem você, embora tudo esteja diferente, eu não poderia me esquecer do quão importante foi na minha vida, de quantas vezes me fez rir das tuas idiotices tão... Idiotas (?)
Por muitas vezes eu me perguntei o que eu seria capaz de fazer por você? E nessas muitas vezes eu respondi a mim mesma que eu seria capaz de fazer o que fosse por você, mas o tempo me mostrou que não seria justo eu fazer tudo por você, enquanto você estava distante demais de ao menos pensar em fazer simples coisas por mim, eu me questionei então se amizade não estava relacionado a dar sem esperar nada em troca, e a resposta veio de algum lugar que eu desconheço, me dizendo que eu estava me doando demais para alguém que não estava mais querendo receber, então eu entendi, e simplesmente passei a fazer por você, o pouco que você passou a fazer por mim, certo ou errado tal atitude? Eu não sei, afinal, seria egoísmo pensar um pouco em mim apenas?
Estamos distantes agora, eu sei, mas aqui no meu coração você ainda permanece perto, e nunca deixará de ser o meu grande amigo, histórias e momentos estão concretizados nas páginas da minha história, e não se engane, você fez, por muitos anos, grandes parágrafos nesse livro, e embora agora tenham se tornado parágrafos falhos e pequenos ao longo das minhas palavras, você ficou marcado em cada página e sem certeza alguma no que digo, estará marcado por todas as páginas dessa história.

Amor ou ódio?

Amor ou ódio? Afinal, qual é a diferença? Eu respondo... A diferença do amor e do ódio é que por ódio você mata... Por amor você morre! Isso soa tão forte não? Você mataria se sentisse muito ódio de alguém? Eu não mataria! Mas, eu morreria por amor; acredito que seja muito mais provável morrer por amor, do que matar por ódio, se sente mais intensamente o amor, o amor é um sentimento tão mais forte, mas... Esse intenso amor pode se transformar em ódio não? Logo, esse amor tão intenso se tornará um ódio intenso? Deus, que dilema!
Dizem que amor e ódio andam lado a lado, que quando se ama demais e se é magoado, todo amor vira ódio, será isso verdade?
Particularmente, eu nunca senti ódio de ninguém, sim, isso é verdade, até porque eu acho o ódio um sentimento tão traidor, ele mata a nós mesmos enquanto a pessoa por quem nós temos esse sentimento, simplesmente não se importa com isso, ainda mais matar por ódio? Não, isso seria terrível. No entanto eu já amei demais, já fui magoada demais, e isso sim, mágoa seria o certo para dizer que senti, e se isso me fosse questionado há alguns meses atrás, eu afirmaria com certeza que não morreria por amor, mas agora... Agora isso é totalmente contrário, a minha certeza me faz afirmar que eu morreria por amor, afinal, do que adiantaria viver sem a pessoa que é a tua vida? Isso ficou contraditório, não tem como viver sem sua vida certo? É, acho que sim, logo eu morreria por amor, porque o meu amor, é a minha vida, e sem a minha vida, não teria como e nem mesmo haveria sentido em viver.
E quanto ao ódio? Eu não vou dizer que nunca sentirei tal sentimento, apenas posso dizer que não o senti até então e nem quero, mas infelizmente sentimentos não dependem de vontade, eles apenas surgem de qualquer lugar dentro de nós e nos surpreendem, às vezes de um jeito bom, outros nem tanto, mas sei que assim como o amor o ódio é uma coisa completamente incontrolável que te faz agir por impulso e sem pensar, mas nem sempre irracionalmente, eu acho que estou falando besteira, eu não conheço o ódio, como posso falar dele? Eu não quero conhecê-lo, tampouco falar dele, o deixemos de lado então.
Amor? É, eu gosto do amor... Ele nos mata e nos faz continuar vivendo, assim como diria Mário QuintanaÉ tão bom morrer de amor e continuar vivendo”. Eu estou morrendo de amores, mas por você eu literalmente morreria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo IV)


Já no outro dia Alice estava na Unidade de Investigação conversando com seu amigo, que também era detetive, Raul, um rapaz também jovem, um pouco mais velho que ela, tinha 26 anos.
- Alice fica calma! Você ficar dessa forma não vai ajudar em nada, ele não pode fazer nada com você, ainda mais se ele realmente sabe de tudo, ele sabe que corre um grande risco se fizer alguma coisa. – disse Raul tentando tranquilizá-la.
- Eu não posso ficar calma Raul, não posso! – disse aflita, sentando em um sofá que tinha na sala – Ele me ameaçou, ele me dá medo, os olhos dele parecem que me matam apenas por me encararem – colocando as mãos sobre o rosto, e começando um choro incessante.
Raul aproximou-se dela, sentando-se em uma mesinha que havia em frente ao sofá, e ficou olhando-a.
- Alice! – chamou-a com voz firme.
Ela então tirou suas mãos do rosto, e olhou para ele, ainda chorando.
- O que? – disse chorosa.
- Eu odeio te ver chorar, portanto, acabe com suas lágrimas e escute! – disse olhando intensamente para ela, em seguida segurando suas mãos – Você não queria tanto uma investigação com tal grau de importância e, consequentemente, perigo? – disse ele calmo.
- Eu queria, é claro que eu queria Raul. – disse Alice se alterando um pouco e levantando-se do sofá, olhando pela janela – Mas John é completamente assustador. – sussurrou as últimas palavras.
Raul se levantou e colocou-se atrás de Alice, pousou uma mão em seu ombro e apertou como um gesto de carinho.
- Você quer desistir? – perguntou Raul, hesitante.
Alice se calou, e ficou olhando longe, instantes depois, baixou sua cabeça, fechando lentamente os olhos, ele então suspirou.
- Eu vou ver com Peter alguém que possa fazer isso no seu lugar. – disse Raul, dando um beijo cheio de afeto na cabeça de Alice, encaminhou para a porta, e antes mesma de abri-la ouviu a voz dela:
- Não! – disse ela levantando a cabeça, e virando-se para ele – Eu não quero desistir! – olhando-o – Se eu consegui essa investigação foi porque eu mereci, eu a conquistei, o meu esforço esses anos me fizeram chegar até aqui, e eu não vou perder essa chance por um medo idiota de um garoto que tão pouco sabe o que quer da vida! – disse Alice, firme e decidida.
Raul sorrio, e caminhou até ela.
 - Eu sabia que você não iria desistir tão facilmente. – deu um beijo terno na testa de Alice – Você conseguirá, nós confiamos em você. – piscou para ela e se retirou da sala, deixando Alice pensativa.
Seus devaneios são afastados pelo barulho do telefone.
- Unidade de Investigação! – atendendo o telefone.
- Alice? – pergunta a voz masculina, mas desconhecida, do outro lado.
- S-sim. – hesitante. – Quem fala?
- Eu não quero me identificar, se é que me entende, eu apenas quero falar uma coisa, que eu acho que pode te ajudar na tua busca.
- Claro, eu entendo. Pois bem, me diga então o que sabe? – interessando-se na conversa.
- Naquela festa aquela noite, eu vi o Dan conversando com um rapaz estranho, vi de longe, parecia que estavam discutindo, ou muito perto disso, eu apenas consegui ouvir uma frase, muito ameaçadora por sinal. – disse a pessoa nervosa.
- E que frase seria essa? – prestando atenção em cada palavra.
- Muitas pessoas já se arrependeram amargamente.
Alice então paralisou ao ouvir aquilo e seus pensamentos logo voltaram ao “primeiro” dia de aula.

- Tem algumas coisas que você precisa aprender sobre mim Ashley. – disse ele com tom de desprezo ao pronunciar o nome dela – Não fale comigo, a menos que eu puxe assunto com você, muitas pessoas já se arrependeram amargamente por quebrar essa regra. – disse ele cuspindo as palavras, quase gritando – Entendeu? – e finalmente sorrio, um sorriso sarcástico e sombrio.

- Alô? – Alice é tirada de seus pensamentos pela voz desconhecida.
- Sim, me desculpe. A sua informação pode nos ser muito útil. – disse Alice.
- Eu espero que seja. – logo ao terminar a frase, desligou, sem dar tempo de Alice responder.
Alice desligou o telefone, e se perdeu nos teus pensamentos, e só conseguia pensar no que aquele homem desconhecido havia lhe dito. – Então era por isso que ele estava tão aflito com essa busca? Por isso me perseguiu aquele dia? Mas o que Dan, um rapaz daquele porte iria estar fazendo, numa discussão com John? – Eram pensamentos que rondavam a cabeça de Alice, que nesse momento saiu em direção a sala de Peter [...]

Até onde vai o poder do amor?


Júlia estava sentada em sua janela, observando o dia, que estava nublado, mas não estava frio nem chovendo, seus pensamentos vagavam, e se lembrava de quantas juras de amor já fizera:
- Será que você está pensando em mim também? – sussurrou olhando para o horizonte.

Do outro lado da cidade, em uma sacada de um simples apartamento, estava Lúcio, com uma fotografia na mão, observando-a:
- O que será que estas fazendo nesse momento? – disse para si mesmo, suspirando em seguida.

- Eu não posso deixar tudo terminar assim! – disse Júlia, saindo de sua janela e indo até o seu closet, escolheu uma roupa nem tão formal, mas não muito básica, trocou de roupa, se maquiou, prendeu os cabelos em um “rabo de cavalo”, pegou sua bolsa e saiu em direção à porta de sua casa, pegou as chaves do carro, e caminhou a passos largos até o carro.

Lúcio estava deitado no sofá, vendo uma programação qualquer de domingo à tarde, até que houve sua campanhia tocar.
- Quem será logo hoje? – levantou-se do sofá resmungando, e caminhou até a porta, abrindo-a – Você? – disse surpreso.
- Sim, atrapalho? – disse Júlia serenamente.
- Não, claro que não! – se apressou em dizer – Entre! – dando passagem à ela, e em seguida fechando a porta – Então... O que a traz aqui? – olhando-a.
- Você! – disse olhando-o.
- Eu?
- Sim, você Lúcio.
- Você... Pode me explicar? – com uma cara confusa.
- Claro! – diz Júlia, dando uma leve risada da cara que ele havia feito – Lúcio, por que as coisas entre nós dois terminaram? – disse, voltando a ficar séria.
- Nossas brigas intermináveis, nossos desentendimentos por qualquer besteira. – respondeu-lhe Lúcio.
- Exatamente! Deixamos o nosso casamento de 5 anos terminarem por causa de brigas e desentendimentos, por besteiras, certo?
- Certo, mas, aonde quer chegar com isso?
- Eu quero chegar ao nosso amor. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Nosso amor? – perguntou sem entender.
- Sim Lúcio, o nosso amor. – disse ela se aproximando dele – Nós deixamos todas as bobagens serem maiores do que sentimos um pelo outro, deixamos com que as brigas destruíssem o que nós levamos anos para construir, e nós o que fizemos? Não fizemos nada, apenas deixamos tudo acontecer de braços cruzados.
- O que poderíamos ter feito Júlia? Tudo estava desandando, tudo entre nós parecia dar errado, tudo era motivo de briga.
- Poderíamos não ter feito muita coisa, poderíamos ter feito muitas coisas, aliás, Lúcio você ainda me ama com a mesma intensidade de antes? – perguntou Júlia.
- Eu surpreendentemente ainda te amo a cada dia mais Júlia, eu acho que vai ser sempre assim, o meu sentimento por você nunca foi pouco. – disse ele com certeza.
- Eu também te amo Lúcio! E diante disso, o que nos impede de recomeçar? De zerar tudo e tentar construir tudo o que tínhamos?
- Mas Júlia... – disse ele.
- Nada de “mas” Lúcio – interrompe-o ela – Nós poderíamos deixar tudo como está e nos tornar dois desconhecido e entrar para a lista de mais um casamento vencido pelas brigas idiotas, mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos.
Lúcio ficou em silêncio por alguns segundos.
- E se não der certo? E se nos machucarmos de novo? Se tudo continuar a ser como antes? – disse ele.
- Se. Se. Se. Lúcio, eu não quero pensar em se as coisas vão dar certo ou não, porque elas só vão continuar como antes se nós dois deixarmos, eu quero viver o presente, eu quero viver o agora e construir o futuro que sempre sonhamos. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Júlia... Eu te amo, eu realmente te amo como eu jamais irei conseguir amar outra pessoa, mas na, eu não posso nos dar a oportunidade de nos machucar novamente. – disse ele com pesar.
- Não pode... – disse Júlia balançando a cabeça lentamente, e sentindo as lágrimas inundarem seus olhos – Eu apenas queria que se concentrasse no presente assim como eu estou querendo fazer, mas se o teu amor não é o suficiente para assumir comigo essa luta, eu infelizmente não posso fazer nada. – disse amargamente.
- Não Júlia, o meu amor seria capaz de fazer muitas coisas, ele só não é capaz de te machucar ainda mais. – suspirando.
Ela olhou-o com um tanto de desprezo, e caminhou até a porta, abrindo-a, antes de sair, de costas para Lúcio, disse:
- Se algum dia você perceber que o nosso amor poderia superar qualquer coisa, lamente-se muito, porque embora eu te ame demais, eu não irei esperar alguém que não é capaz de lutar por nós dois. – disse com voz chorosa e saiu, batendo a porta.
Lúcio ouviu, e ficou olhando a porta bater, sem nenhuma reação, e apenas sussurrou pesaroso “eu te amo Júlia!”.

Depois desse dia minha vida nunca mais seria a mesma.” Pensou Júlia ao entrar no elevador, e sentiu as lágrimas molharem o seu rosto, encostou-se e desceu até o chão se deixando cair em um choro incessante.
- Eu só queria estar com você novamente, mas eu não vou mais viver como alguém que só espera um novo amor. Eu vou viver a minha vida, com ou sem você. – disse decidida, secando suas lágrimas, saindo do elevador e caminhando até o teu carro.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo III)


Alice estava caminhando em direção à sua casa após ter saído da Universidade, e estava no celular com o seu chefe:
- Peter eu não sei por quanto tempo eu irei conseguir permanecer com isso. – disse numa mistura de decepção e desespero.
- Você tem que conseguir Alice, é a nossa única chance de conseguir descobrir alguma coisa, não temos nenhuma outra arma, não temos pistas, ninguém da festa viu nada, e se viram não querem falar. Você consegue, eu sei que consegue, nós estamos com você. – disse Peter do outro lado com um tom duro, mas ao mesmo tempo consolador.
Alice suspirou pesarosa, e por um momento sentiu a presença de alguém, e virou-se rapidamente para trás, mas não havia ninguém, olhou para os lados, procurando algum vestígio, mas não havia nada, começou a caminhar mais rapidamente.
- Alice? – disse Peter do outro lado da linha.
- Sim? Desculpe-me Peter, tive a sensação de que tinha alguém perto, mas acho que foi só minha impressão. Enfim... Eu irei prosseguir, eu irei tentar. – suspirou.
- Não se preocupe Alice, você pode fazer isso. – disse Peter.
- Está bem, obrigado Peter. Até logo! – disse Alice desligando o celular.
A casa de Alice era um tanto quanto afastada de tudo, morava em um apartamento num bairro de classe média da cidade, e já era fim de tarde, estava começando a escurecer, ainda tinha a sensação de estar sendo seguida, caminhava rápido e olhando para todos os lados, mas de repente, sentiu uma mão sobre sua boca e um braço envolta de si a carregando para um “beco” que havia ali perto, não pode fazer nada além de se debater e tentar gritar, mas o braço que a prendia era forte demais, ela não teria nenhuma chance, e então sentiu tudo escurecer, e o desespero tomou ainda mais conta de si, foi encostada na parede, e ficou encurralada entre os braços, que entre um fio de luz que passava ali pode ver a sombra dos olhos, de John, o olhou nos olhos, e como sempre acontecia quando fazia isso, sentiu o ar lhe faltar, e não conseguiu dizer nenhuma palavra.
- Olá Ash! – disse John, como sempre, sarcasticamente.
- O-oi! – disse Alice gaguejando e tentando sorrir, sem sucesso.
- Está com medo de mim? – soltou uma risada sombria.
Alice sentiu as pernas bambearem, e quase sentiu o corpo desfalecer ali, mas se esforçou para manter-se firme.
- N-não John. – disse ela tentando ser o mais convincente que podia – Só estou assustada ainda por você ter chegado assim, de repente. – forçando um sorriso.
- Ah! Desculpe-me Ash, não foi minha intenção assustá-la. – sarcástico.
- O que você quer John? – perguntou Alice finalmente, se esforçando para ser dura e firme.
O olhar de John escureceu ainda mais, seu semblante endureceu, e o silêncio a pode deixar escutar os dentes dele cerrarem com força.
- Eu quem pergunto o que você quer Ashley? Você se acha esperta demais não é? – disse John entre os dentes, com raiva.
- Eu não quero nada John, eu não sei por que você está falando desse jeito e fazendo tudo isso, eu apenas queria fazer amizade com você hoje, não sabia que falar com você causaria tudo isso. – disse Alice assustada com toda a situação.
John soltou uma sonora gargalhada sarcástica, e voltou seu olhar duro para os de Alice.
- Você poderia ser atriz sabia? Você quase conseguiu me comover com tudo isso, quase. – deu ênfase ao “quase” e continuou – Você realmente não sabe onde está se metendo, você não é tão esperta quanto pensa, mas eu vou te dar um aviso. – olhou-a profundamente nos olhos, como se a pudesse manipular dessa forma – A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela. – disse quase num sussurro da forma mais calma que ela vira desde que o conhecera – A verdade será muito bela para mim, mas para você e muitas outras pessoas, ela seria e será muito terrível. – disse sombriamente e, em seguida, sorrio sarcástico.
Alice precisou de muito esforço para encontrar novamente o seu ar, e respirou fundo, buscando forças para respondê-lo, na verdade:
- Por que está me dizendo isso? – perguntou Alice.
- Você sabe melhor do que eu Ash, você sabe. – afastando-se dela - Mas não se preocupe, eu não vou atrapalhar em nada, a menos que isso comece a me incomodar, o que já está acontecendo. – deu uma risada sombria, e caminhou para fora do beco – Tchauzinho Ash. – disse sarcasticamente, acenando sobre os ombros.
Alice ficou olhando a sombra de John ir embora, e ficou por longos minutos sem ação.
- Ele sabe! – foi apenas o que pode dizer [...]


domingo, 11 de julho de 2010

Selos

Recebi dois selos da Marina do blog Incomplete Paradise. Muito obrigada (:


Regras:
1. Colocar a imagem do selo em seu blog;
2. Pôr o link do blog que te indicou;
3. Indicar 10,15 ou 30 blogs ao prêmio;
4. Comentar nos blogs indicados sobre a postagem e sua indicação.
Regras:
1. Pôr o link do blog que te indicou;
2. Falar das regras;
3. Indicar os próximos blogs ganhadores.


Indico:

sábado, 10 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo II)

 Acompanhem desde o Capítulo I

John era um garoto com porte de jogador de futebol americano, mas odiava qualquer tipo de esportes, tinha os cabelos compridos, um olhar obscuro, usava apenas roupas pretas, seu sorriso, quando aparecia, era carregado de sarcasmo, era agressivo, insensato, se visse alguém o olhando, já queria tirar satisfações e saber o motivo, e foi assim que conheceu Ashley (Alice), estava sentado na fileira ao lado, um pouco mais a frente que ela, e sentiu o peso de seu olhar sobre si, virou o rosto lentamente em sua direção, e a olhou de uma forma tão obscura que ela teve de fazer muito esforço para encontrar o ar que lhe havia faltado naquele momento, desviou seus olhos e ouviu-se o som ensurdecedor de um sinal que indicava que era hora do intervalo, Ashley então permaneceu sentada em seu lugar, assim como John, quando todos saíram da sala, Ashley se levantou e caminhou até uma cadeira a frente de John, e se sentou:
- Olá! – disse ela, dando o seu sorriso mais simpático.
Ele a olhou, sério, sem esboçar nenhuma reação:
- Oi! – disse ele, friamente.
A voz dele era grossa, e a frieza dele a fez sentir um arrepio, ele estava causando sensações estranhas nela, sensações de pavor, mas ela se concentrou e continuou:
- Prazer, meu nome é Ashley! – disse estendendo-lhe a mão.
Ele olhou a mão dela, e voltou a olhá-la nos olhos e disse:
- John, o prazer é todo seu! – mais uma vez friamente.
Ela recolheu sua mão, que não foi retribuída com um aperto, mas ainda sem desistir:
- Você sabe se tem muitas festas por aqui? – sorrindo simpaticamente.
Ele a olhou fulminantemente, olhou ainda mais fundo em seus olhos e se levantou da cadeira, apoiando as suas mãos em cima da mesa, deixando seu rosto, e consequentemente seu olhar mais perto do dela, ela sentiu o chão sumir e o ar lhe faltou:
- Tem algumas coisas que você precisa aprender sobre mim Ashley. – disse ele com tom de desprezo ao pronunciar o nome dela – Não fale comigo, a menos que eu puxe assunto com você, muitas pessoas já se arrependeram amargamente por quebrar essa regra. – disse ele cuspindo as palavras, quase gritando – Entendeu? – e finalmente sorrio, um sorriso sarcástico e sombrio.
Ashley só conseguiu assentir lentamente, tentando novamente encontrar seu ar, tentando desviar seu olhar do dele, o que parecia impossível, pois era como se seus olhos tivessem criado vida própria a impedindo de controlá-los:
- Ótimo Ash – disse ele sarcástico, com o mesmo sorriso no rosto.
Saiu de seu lugar, e sumiu pelo corredor, Ashley ficou o seguindo com o olhar, e lentamente foi respirando fundo, enchendo seus pulmões de ar novamente, precisou de alguns minutos para se recuperar completamente daquela situação. Ela não sabia o que pensar, ficou analisando tudo aquilo, e então ao virar seus olhos em direção a porta, viu uma garota, loira, alta, realmente muito linda, que estava a observando:
- É melhor você ouvir o que ele disse, ele não estava brincando, toma cuidado. – disse a garota docemente.
Ashley ficou olhando-a, que rapidamente saiu pelo corredor, permaneceu sentada e o desespero começava a tomar conta de si, sem saber se iria realmente conseguir descobrir o que devia, seu olhar se perdeu em um ponto qualquer, e seus pensamentos estavam em uma guerra de consolo e assombro [...]



sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sem Sentido


SemSentido: Estamos aqui com Maradona para falar da derrota da seleção brasileira pra a Holanda na manhã de sexta-feira (02/07/2010).
Maradona, você acha que faltou o que na seleção do Brasil pra que ganhasse da Holanda?
Maradona:(sério) Creo que la segunda mitad carecía de la unidad del equipo. (Tradução: Eu acho no segundo tempo faltou a união da equipe)
SemSentido: E quem você acha que jogou melhor na tragetória do Brasil nessa copa?
Maradona: Bueno, creo que lo que mejor se destacó fue el gatito Kaká (olhos brilhando). El és muy guapo, caliente, y todo lo demás (empolgado). E... Y así, el fue lo que jugó mejor, sin duda  (se recompondo). (Tradução: Bom, na minha opinião o que melhor se destacou foi o gatinho do Kaká, ele é muito bonito, gostoso, e tudo mais. E... E bom, ele foi o que jogou melhor sem dúvidas)
SemSentido: (risos) E se o Brasil continuasse na copa e a Argentina saísse, iria torcer para o Brasil?
Maradona: (serissimo) No, yo no lo haría. (Tradução: Não, eu não iria)
SemSentido: Por que não?
Maradona: (triste) Porque si Kaká le había dicho que si Brasil ganasse la Copa del Mundo quedaria desnudo, entonces yo lo haría, pero como no sucedió, yo no lo haría. (Tradução: Porque se o Kaká tivesse dito que se o Brasil ganhasse a Copa do Mundo ficaria sem roupa, então eu torceria, mas como não aconteceu, eu não torceria)
SemSentido: (risos, risos) E que mensagem você passaria para os brasileiro agora?
Maradona: (olhos lacrimejados) Que yo tambien estoy muy triste por la eliminación, porque ahora yo no puedo mas ver las piernas e la pompas de Kaká, y eso és muy decepcionante (llorando) pero no lloren (secando suas lágrimas) tomem como consuelo que no tendrán mas que me ver desnudo. (Tradução: Que eu também estou muito triste pela eliminação, porque agora eu não posso mais ver as pernas e a bunda do Kaká, e isso é muito decepcionante, mas não chorem, levem como consolo que não terão mais que me ver sem roupa)
SemSentido: (risos, risos, risos) Isso é de fato muito bom (baixo). Então conversamos aqui com nosso querido hermano Maradona (sarcástico). Muchas gracías por su entervista. (Tradução: Muito obrigado pela sua entrevista)
Maradona: (cara de idiota) Gracías también. Deseo enviar un beso a Kaká (mandando beijo). (Tradução: Obrigado também. Quero mandar um beijo ao Kaká)
SemSentido: (caindo na gargalhada)
- Corta -


Pensei e pensei em alguma maneira de fazer essa entrevista, comecei a fazê-la séria, mas eu realmente não resisti em brincar um pouquinho com nuestro hermano.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tecnomodismo

O tempo passa, e a maneira como as pessoas lidam com algumas  simples “dificuldades” da vida, vão se tornando cada vez mais fáceis, algumas até já extintas de qualquer tipo de esforço, a não ser, algumas “tecladas”.
É simples perceber o quanto a tecnologia está deixando as pessoas acomodadas, e embora em alguns aspectos a tecnologia seja de certa forma muito boa, por outra parte, ela é muito prejudicial, exemplifica-se o fato de internet nos celulares, dando a chance para as pessoas acessarem suas contas de bancos, ou o que quer que seja pela internet, embora compras pela internet facilite muito a vida de algumas pessoas, isso ao menos tempo tira a “necessidade” da pessoa de sair de casa e ir até um mercado, livraria, loja de eletrodomésticos e tudo mais, fazendo com que tudo isso seja feito em apenas um clique, com apenas minutos.
E deixando a internet e celular de lado um pouco, volta-se para a televisão, cada dia que passa as televisões evoluem mais ainda, e a cobiça das pessoas por “telas” cada vez maiores, é muito grande, mas ninguém nunca cobiçou ter uma conversa agradável com as pessoas da sua casa, ao invés de ver televisão, melhor do que a do seu vizinho, amigo, ou apenas o conhecido, e isso é muito curioso não? As pessoas não são mais interessantes, estão perdendo para um ser inanimado que fica em um canto qualquer de uma sala, quarto, ou qualquer cômodo que seja. E onde isso vai nos levar? Pergunta simples, vai nos levar ao dia em que tudo será feito por máquinas, até mesmo, o teu emprego. Sabe quando você ficava horas sentado em uma cadeira preenchendo e assinando coisas? Máquinas farão isso por você. Sabe todas aquelas coisas de última geração que você criou ou ajudou a criar? Máquinas criarão no seu lugar. E você estará sem nada a fazer, e sem nem mesmo poder comprar todas essas novas coisas, sabe por quê? Porque a tecnologia também vai tirar o teu emprego, vai te acomodar tanto, que vai te deixar sem fazer nada pelo resto de sua vida.

Só mais uma noite


Com o pensamento em você, me lembro de quando éramos apenas duas crianças, sem saber o que realmente seriamos, sem saber até onde iríamos juntos, sorrindo por nada, apenas felizes por estarmos um ao lado do outro, mas agora estou andando sem rumo, procurando um destino, seu rosto me vem a cabeça, e ele está tão gélido, seu coração está tão duro, teu sorriso estão tão diferente, é como se o tempo tivesse apagado toda e qualquer tipo de boa lembrança que existia de nós dois, é como se pra você, eu fosse apenas mais uma pessoa que passou pela tua vida e nem ao menos marcas deixaram, a noite agora parece tão mais escura, a lua não brilha tanto como eu me lembro que ela fazia junto ao teu olhar, a chuva cai fina sobre a cidade, e faz frio, só não sei se faz mais frio dentro ou fora de mim, eu quero te arrancar de mim, quem dera eu pudesse viver sem um coração.

Goodbye

Você disse que seria pra sempre, e eu acreditei que seus sorrisos fossem se eternizar em cada parte da minha memória, acreditei na eternidade dos seus abraços e no pra sempre dos teus “eu te amo”, acreditei em cada palavra que me disse em todo o nosso tempo juntos, mas as coisas não foram bem assim, você me usou da maneira mais suja que algum dia eu poderia imaginar, você usou dos meus sentimentos mais puros, eu te entreguei o meu coração porque eu confiava em você como jamais confiei em outra pessoa antes, e você me enganou descaradamente, e enquanto todos sabiam e por onde eu passava zombavam de mim, riam às minhas custas, e você me dizia para não me importar porque eram todos sem o que fazer, e eu, tola, mais uma vez acreditei em você, e você ria de mim pelas costas.
Eu falei de amor pra você, eu falei de amor verdadeiro, eu te mostrei o que mais puro eu tinha dentro de mim, mas só agora eu vejo o quão hipócrita você foi e o quanto idiota eu fui por acreditar nas tuas mentiras que tanto pareciam verdades.
Eu queria dar o troco de cada pequena coisa que você fez pra mim, olhar nos teus olhos e cuspir cada palavra que está engasgada em mim agora, mas não, eu não vou me igualar a você, eu não vou me tornar o ridículo que você se tornou, eu não vou me olhar no espelho e ver que eu fui tão hipócrita quanto você, eu não suportaria esse peso na minha consciência.
Eu te digo uma coisa, você pode até encontrar alguém que você ame mais do que a mim, se é que um dia me amou, se é que você sabe amar, mas pode ter plena certeza de que jamais vai encontrar alguém que te ame o quanto eu te amei.
Você foi a melhor e pior coisa que aconteceu na minha vida, mas eu sinceramente não vou ficar me prendendo a alguém que nunca se importou comigo, eu vou fazer de tudo para fazer você sair da minha mente, eu vou te esquecer, custe o que custar, eu não vou morrer por ficar sem você, a minha vida vale muito mais do que você.
E agora eu vou viver a minha vida, e vou encontrar alguém muito melhor do que você, enquanto você, vai continuar na tua vida de mentiras, enganando as pessoas que te amam, machucando corações, e eu sinceramente não quero estar perto quando tudo isso começar a refletir pra você, e você acabar sozinho. Eu tenho pena de você, embora você seja repugnante.


                                        Adeus.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Discretamente Perigoso (Capítulo I)

Dan era um jovem de apenas 19 anos, que morava em um bairro de classe alta em Seatle, tinha cabelos pretos, quase reluzentes à luz do sol de tão negros que eram, os olhos de um verde bem claro, era alto, corpo bem esculturado, um garoto sorridente que esbanjava simpatia por onde passava, todas as garotas faziam de tudo para chamar a sua atenção, e apesar de saber de sua beleza era calmo demais, e sorria divertido com as tentativas frustradas das garotas.  Cursava publicidade em uma das melhores faculdades de Seatle, era apaixonado por criar, e tinha uma incrível criatividade ao fazer isso, e esse era um dos motivos por ter escolhido esse curso.
Todos gostavam de estar com Dan, e também o admiravam pelo seu jeito tão diferente de ser de todos os outros garotos daquela cidade; sua mãe, Lise, se orgulhava o tempo todo de seu filho, por tantos elogios que recebia de professores, e até mesmo de pessoas que simplesmente o viam passar pela rua.
Dan não era muito de sair, mas em uma noite qualquer, ele resolveu sair com alguns amigos para uma boate bastante movimentada, e como não era muito de beber, deu alguns goles de bebida, e logo começou a sentir-se mal e então resolveu ir fora de toda a multidão para tomar um ar [...]
Seus amigos estavam desesperados a procura de algum vestígio de Dan, horas haviam se passado desde a última vez que o viram, e de pronto avisaram sua mãe que logo chamou a polícia [...]
Alice, uma jovem detetive, de apenas 24 anos, foi encarregada de descobrir os mistérios que cercavam o desaparecimento de Dan naquela noite, e pra isso, ela teria que se infiltrar entre os alunos da Universidade sem se deixar perceber pelos estudantes daquele lugar, e para isso passou a ser conhecido por lá como Ashley; e então, no seu “primeiro” dia de aula, estava nervosa e ao mesmo tempo ansiosa, pois era seu primeiro caso de tamanha importância, estava frente ao espelho do banheiro olhando para si mesma, ensaiando caras e falas, e ao ouvir o sinal para o início da aula, respirou fundo e disse para si mesma:
- Ficar no anonimato. Claro, eu consigo fazer isso. Com toda certeza. – E sorriu o mais convincente que pode e saiu do banheiro em direção a sala que lhe fora indicada.
O corredor parecia longo demais, o som daquelas quase ainda crianças conversando e rindo pelos corredores penetravam seus ouvidos e percorriam todo o teu corpo numa explosão de adrenalina que estava tomando conta de si, olhava para todos os lados tentando se situar e se familiarizar com aquele ambiente que ela ainda conhecia bem, ao chegar em sua sala, pareceu que todos os olhares se voltaram para ela, e suas pernas parece que iriam deixá-la cair frente todos aqueles olhares curiosos, ela num súbito momento de lucidez, respirou fundo tentando encontrar todas as tuas forças e disse o mais audível que pode:
- Com licença! – sorrio timidamente.
Caminhou para o único lugar vago que ainda havia, na última cadeira da última fileira, e se sentou, observando cada rosto que ali estavam presentes, tentando por meras expressões encontrar alguma resposta para as tantas perguntas que a tinham levado até ali [...]



segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eu tento entender


Eu tento entender e encontrar um mero e simples motivo que seja pra tudo isso, pra eu te tratar com tanto... Desprezo, tanta indiferença... Enquanto você, só se preocupa comigo, enquanto você o tempo todo tenta fazer o que é melhor pra mim, mesmo que se torne muito chato às vezes, você se preocupa comigo de uma maneira que eu não sei dizer, claro... Não poderia ser diferente, é teu dever fazer isso, é teu dever cuidar de mim, me proteger, se preocupar com o que eu faço ou deixo de fazer.
São 17 anos ao meu lado, me apoiando e tentando fazer o melhor para mim, dando o melhor de si, e a minha retribuição? Não há! Apenas a ingratidão, sim... A ingratidão de uma mente inconseqüente, um pensamento tolo e um coração gélido ao se tratar de você, por quê? Por que eu não consigo abandonar toda essa frieza e te mostrar tudo o que sinto? Por que eu não consigo abrir meus olhos e enxergar que a errada nisso tudo sou simplesmente eu?
Você sempre segurou a minha mão quando eu precisava de segurança, você sempre me acolheu no teu forte abraço quando eu estava caindo, você que sempre me incentivou em tudo, você que sempre esteve lá, presente, vendo de perto cada conquista da minha vida, fossem elas simples ou importantes, você que sempre e sem exceção esteve sempre do meu lado, mesmo que você estivesse contra todos, ao meu lado você nunca deixou de estar.
E no final de tudo isso, eu apenas queria chegar perto de você o máximo que eu pudesse, te abraçar bem forte, e olhar nos teus olhos e te pedir perdão, dizer que te amo demais e que você é o meu porto seguro... Antes que seja tarde demais.

Mais uma vez... Acabou

Não estou aqui para julgar ninguém, afinal, quem sou eu para julgar alguém? Não estou aqui para falar mal de ninguém; nem mesmo xingar ninguém, afinal, que direitos eu tenho para fazer isso? Eu estou aqui, apenas para falar da minha enorme tristeza em ver que mais uma vez, o Brasil saiu da copa... Mais uma vez, nós não alcançamos o nosso tão almejado hexa-campeonato.
Olhos vidrados em uma tela de televisão, coração batendo forte dentro do peito, coração apertado, pensamentos a mil pedindo luz, pedindo uma salvação, e sai o primeiro gol, e a vibração toma conta, a adrenalina percorre todo o corpo, e o grito de “Gol!” sai com toda força da garganta, e a esperança cresce, você acredita mais e mais que aquele sonho ainda não está acabando, que ainda se tem chance, que vamos chegar lá, mas então, acontece o inesperado, acontece o que não poderia acontecer, outro gol, mas dessa vez, do adversário, o suor começa a escorrer gélido, as mãos se juntam em uma só “oração”, o coração começa a bater numa batida mais lenta e sofrida, e o pior ainda acontece, mais um gol adversário, mais uma vez, a respiração falha, e o tempo agora parece passar rápido demais, os olhos enchem de lágrimas, o coração bate lentamente, e chega ao fim, as lágrimas escorrendo de olhos sofridos, um coração batendo lentamente com uma dor pesarosa, e mais uma vez... O sonho... Acaba!