sexta-feira, 16 de julho de 2010

Até onde vai o poder do amor?


Júlia estava sentada em sua janela, observando o dia, que estava nublado, mas não estava frio nem chovendo, seus pensamentos vagavam, e se lembrava de quantas juras de amor já fizera:
- Será que você está pensando em mim também? – sussurrou olhando para o horizonte.

Do outro lado da cidade, em uma sacada de um simples apartamento, estava Lúcio, com uma fotografia na mão, observando-a:
- O que será que estas fazendo nesse momento? – disse para si mesmo, suspirando em seguida.

- Eu não posso deixar tudo terminar assim! – disse Júlia, saindo de sua janela e indo até o seu closet, escolheu uma roupa nem tão formal, mas não muito básica, trocou de roupa, se maquiou, prendeu os cabelos em um “rabo de cavalo”, pegou sua bolsa e saiu em direção à porta de sua casa, pegou as chaves do carro, e caminhou a passos largos até o carro.

Lúcio estava deitado no sofá, vendo uma programação qualquer de domingo à tarde, até que houve sua campanhia tocar.
- Quem será logo hoje? – levantou-se do sofá resmungando, e caminhou até a porta, abrindo-a – Você? – disse surpreso.
- Sim, atrapalho? – disse Júlia serenamente.
- Não, claro que não! – se apressou em dizer – Entre! – dando passagem à ela, e em seguida fechando a porta – Então... O que a traz aqui? – olhando-a.
- Você! – disse olhando-o.
- Eu?
- Sim, você Lúcio.
- Você... Pode me explicar? – com uma cara confusa.
- Claro! – diz Júlia, dando uma leve risada da cara que ele havia feito – Lúcio, por que as coisas entre nós dois terminaram? – disse, voltando a ficar séria.
- Nossas brigas intermináveis, nossos desentendimentos por qualquer besteira. – respondeu-lhe Lúcio.
- Exatamente! Deixamos o nosso casamento de 5 anos terminarem por causa de brigas e desentendimentos, por besteiras, certo?
- Certo, mas, aonde quer chegar com isso?
- Eu quero chegar ao nosso amor. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Nosso amor? – perguntou sem entender.
- Sim Lúcio, o nosso amor. – disse ela se aproximando dele – Nós deixamos todas as bobagens serem maiores do que sentimos um pelo outro, deixamos com que as brigas destruíssem o que nós levamos anos para construir, e nós o que fizemos? Não fizemos nada, apenas deixamos tudo acontecer de braços cruzados.
- O que poderíamos ter feito Júlia? Tudo estava desandando, tudo entre nós parecia dar errado, tudo era motivo de briga.
- Poderíamos não ter feito muita coisa, poderíamos ter feito muitas coisas, aliás, Lúcio você ainda me ama com a mesma intensidade de antes? – perguntou Júlia.
- Eu surpreendentemente ainda te amo a cada dia mais Júlia, eu acho que vai ser sempre assim, o meu sentimento por você nunca foi pouco. – disse ele com certeza.
- Eu também te amo Lúcio! E diante disso, o que nos impede de recomeçar? De zerar tudo e tentar construir tudo o que tínhamos?
- Mas Júlia... – disse ele.
- Nada de “mas” Lúcio – interrompe-o ela – Nós poderíamos deixar tudo como está e nos tornar dois desconhecido e entrar para a lista de mais um casamento vencido pelas brigas idiotas, mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos.
Lúcio ficou em silêncio por alguns segundos.
- E se não der certo? E se nos machucarmos de novo? Se tudo continuar a ser como antes? – disse ele.
- Se. Se. Se. Lúcio, eu não quero pensar em se as coisas vão dar certo ou não, porque elas só vão continuar como antes se nós dois deixarmos, eu quero viver o presente, eu quero viver o agora e construir o futuro que sempre sonhamos. – disse ela olhando-o nos olhos.
- Júlia... Eu te amo, eu realmente te amo como eu jamais irei conseguir amar outra pessoa, mas na, eu não posso nos dar a oportunidade de nos machucar novamente. – disse ele com pesar.
- Não pode... – disse Júlia balançando a cabeça lentamente, e sentindo as lágrimas inundarem seus olhos – Eu apenas queria que se concentrasse no presente assim como eu estou querendo fazer, mas se o teu amor não é o suficiente para assumir comigo essa luta, eu infelizmente não posso fazer nada. – disse amargamente.
- Não Júlia, o meu amor seria capaz de fazer muitas coisas, ele só não é capaz de te machucar ainda mais. – suspirando.
Ela olhou-o com um tanto de desprezo, e caminhou até a porta, abrindo-a, antes de sair, de costas para Lúcio, disse:
- Se algum dia você perceber que o nosso amor poderia superar qualquer coisa, lamente-se muito, porque embora eu te ame demais, eu não irei esperar alguém que não é capaz de lutar por nós dois. – disse com voz chorosa e saiu, batendo a porta.
Lúcio ouviu, e ficou olhando a porta bater, sem nenhuma reação, e apenas sussurrou pesaroso “eu te amo Júlia!”.

Depois desse dia minha vida nunca mais seria a mesma.” Pensou Júlia ao entrar no elevador, e sentiu as lágrimas molharem o seu rosto, encostou-se e desceu até o chão se deixando cair em um choro incessante.
- Eu só queria estar com você novamente, mas eu não vou mais viver como alguém que só espera um novo amor. Eu vou viver a minha vida, com ou sem você. – disse decidida, secando suas lágrimas, saindo do elevador e caminhando até o teu carro.

8 escreveram aqui:

Stéfane Souza disse...

Adorei esses textos. Seguindo também!

http://sonhoseumdiario.blogspot.com/

Mice! disse...

Adorei tudo. Este ultimo texto está perfeito! Esse ultimo só não, todos! Você está de Parabéns.

Italo Stauffenberg disse...

Esse Lúcio não queria nada com ela, isso sim. Se ama pq não volta. Todos podemos ter uma segunda chance não?

Sorte com suas pautas!

Bjo.

http://manuscritoperdido.blogspot.com

Jéss webber disse...

aaah, amei o texto *-* me lembro uma historia que aconteceu comigo :s claro que não era casamento , AIEOAEI . amo aqui dms cris *-*

http://garotadeviidro.tumblr.com/

A! disse...

adorei o jeito que passa emoção *-* rs
parabéns! AE

http://chutenacanelaxx.blogspot.com

Anônimo disse...

Simplesmente amei! Muito original, amei seu blog e to seguindo. Ahh a plagiadora continua, agora fingindo que não tá acontecendo nada! Aff...denunciei já!

http://1umpoucodetudo.blogspot.com/

Bjo flor;**

Wander Shirukaya disse...

Bom, penso que o ultimo paragrafo seria desnecessario. ideia do texto ta la=egal, mas vc poderia dar uma organizada na linguagem.

Luiz Scalercio disse...

pra mim o poder do amor
vai ate o fim sa dua vida.

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