quinta-feira, 3 de junho de 2010

Basta acreditar


Uma noite fria de inverno e uma criança de apenas 8 anos vagando pelas ruas de uma cidade, tentando de alguma maneira se proteger do frio que fazia aquela noite. Havia perdido seus pais e irmão num cruel acidente de carro.
"Uma família feliz, indo para um passeio normal como faziam muitas outras famílias e amigos, afinal, era feriado, estavam todos no carro, em direção à seus destinos, e então começaram a cantar uma música que diziam que era deles, todos juntos, com a exceção apenas do pequeno garotinho de um ano recém feito, que apenas balbuciava algumas coisas sem nexo algum, mas era visível a felicidade dele naquele momento.
Mas devido ao movimento, a noite caiu, e eles ainda estavam na estrada, mas apesar disso, ainda sorriam  e brincavam muito felizes, e era como se nada fosse capaz de abalar aquele momento único entre eles.
A noite deixava a visibilidade menor, e então foi preciso de mais atenção do pai pela estrada, mas as crianças queriam brincar com o ele, queriam a atenção dele, e como todo pai faria naquele momento, por segundos olhou para seus filhos, e nesse mesmo segundo surgiu um clarão na frente do carro, e então, se ouviu um barulho apavorante de batida, e depois apenas se lembra de quando recebeu a notícia de que era a única sobrevivente daquele cruel acidente. Foi mandada então a um orfanato, e lá passou os piores dias de sua vida, e já não suportava mais aquilo, então, resolveu fugir, pensou mil e uma maneiras de fugir, e ao encontrar a ideal, esperou até o momento e dia certo, e colocou seu plano em prática, por sorte, conseguiu fugir [...]"
De repente a pequena garotinha se depara com uma moça a olhando com um sorriso terno no rosto, e a garotinha, quase que instantaneamente, lhe retribui o sorriso, e então a moça lhe pergunta:
- O que faz uma garotinha tão pequena há essa hora sozinha na rua?
A garotinha fechou o sorriso, e baixou os olhos que se encheram de lágrimas, e a esse ponto já estava tremendo, sem perceber, de frio.
- Perdi meus pais num acidente de carro, e então me levaram para um orfanato, mas fugi de lá, não suportava mais aquele inferno e não tinha para onde ir. - disse sussurrando.
A moça então se abaixou para ficar na altura da pequena menina, e levantou seu rostinho, ainda com o sorriso terno no rosto.
- Eu vou cuidar de você. - disse carinhosamente.
A garotinha sorriu timidamente, e pensou consigo mesma: um anjo. E em seguida disse baixinho.
- Você é um anjo!
A moça sorrindo lhe disse em seguida:
- Você acredita em anjos?
A garotinha ficou olhando-a. Sim, ela acreditava em anjos, e por acreditar, eles existiam, e respondeu:
- Eu acredito!
E então, a moça sorrindo terna, a abraçou carinhosamente e disse:
- Então, eu sou sim um anjo, o seu anjo.

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