domingo, 13 de junho de 2010

Maldita solidão


Na solidão do meu quarto, vagos pensamentos me levaram ao sofrimento, em certos momentos não sabia nem a razão de minha existência.
Noite e dia se igualam em um equinócio mental. Não me encontro durante o dia e me sufoco durante a noite, interminável busca por minhas fantasias. Espero o final dos dias para me perder na real escuridão da noite.
Sinto vontade de desistir, deixar tudo se acabar, fazer meu coração parar de bater, sinto-me cansada, triste e só... Por quê? Por que tudo tem que ser assim? Por que temos que sofrer se a vida é tão maravilhosa? Eram perguntas como essas que fizeram da minha noite, uma noite dolorosa.
Sombrios se tornaram os cantos, os fanstasmas eram meros vazios, libertos para testar suas forças. Em uma sala de torturas, eu sempre me pegarei sem surpresas. Enxergar e não ver a demência de não saber se sou demente, e esforços para uma imortalidade momentânea eram as torturas de minhas masmorras. Espero meu carrasco para aliviar o medo e dissipar minhas dores.
Como nas donzelas de ferro, onde o sangue pinga, marcando meu tempo, para aceitação do inaceitável, para trair ideologias traçadas. Em modernas ampulhetas o tempo é terminável, e algumas vezes longos demais para os vampiros não se exporem ao sol.
Tento fazer tantas coisas, mas o fracasso sempre ganha; as estradas que percorro são frias, me perco no meio delas, nunca consigo chegar a lugar algum, fico desolada em meio à multidão; minha alma vaga na imensa escuridão. O abismo é inevitável, a dor insuportável, debate sobre mim uma tristeza que me mata aos poucos, sinto a luz da vida se apagando e eu nada estou fazendo... Não quero mais esse lamento que virou tormento.
Acordei até melhor, mas ainda há em minha mente um fio de pensamento dizendo-me que posso mais uma vez sofrer, sofrer por exigir muito de alguém que pode nem ter a intenção de me fazer sofrer, apenas quer viver a vida.
Eu também quero viver a vida, só que ainda não entendo o porquê esse meu jeito é diferente de todos, ou será que todos são diferentes de mim?
Continuo confusa, sem nem ao menos saber o que é certo e o que é errado, sem saber se amo ou se sou amada. Mas a vida segue rumo ao infinito, onde não sabemos se no amanhã ainda existiremos.

14 escreveram aqui:

Anônimo disse...

Complexo, Fundo, Profundo...
Nossa este txt me fez ficar ar, momentaneamente...

Jamylle disse...

vc escreve mt bem, menina. adorei! =D

Marina disse...

lindo texto ! boa sorte !

Vitória Cabral disse...

Tão ruim a solidão. Quando você se vê só e sem ninguém, com milhões e milhares de pensamentos povoando sua cabeça sem trégua. Mas ainda assim prefiro permanescer solitária, no meu canto.
Muito lindo seu texto, vou vir mais vezes aqui!
Beijos.

Julia Melo disse...

Viver sozinha é tão ruim :/ concordo com a Jamylle você escreve mt mt mt bem. eu viajei aqui, beijos

Chris disse...

outro texto teu que me deixou pasmada!
Mto profundo e que faz pensar.

Ceres disse...

Eu sei que essa é a coisa mais clichê que se pode comentar num blog mas... isso é EXATAMENTE o que eu sinto.
Prefiro esvaziar a minha cabeça, pensamentos, ultimamente, me causam dor, e só.
Pra quê se lembrar ?
Belo texto.

Emi disse...

Embora com uma pitada de tristeza, amei esse texto! Já disseram aí e eu concordo plenamente; você escreve muuuito bem!
Beijooos!

A! disse...

solidão sempre leva a... reflexão. o que infelizmente, nem sempre é bom. :T
você escreve mt bem, cara! adorei. *.*

R. Souza disse...

obrigado pelo comentário, visita e tudo mais. volte sempre. beijos

Taw disse...

Ainda não conheci pessoas iguais...

Anônimo disse...

tem selinho pra vc no meu blog, bjs

Jackie disse...

OOi,
tem selinho pra vc no meu blog
Passa lá, ok!

http://floresnegrasdajackie.blogspot.com/

Anônimo disse...

Vc tem um selo no meu BLOG:
http://ashygior.blogspot.com/

(DEPOIS LEIO O TXT)

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